Do Blog do Noblat No fim da tarde de ontem (quinta, 21), Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado, se reuniu em um dos gabinetes da Casa com o seu colega Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) para lhe propor ser o presidente da CPI mista dos Cartões.

A resposta foi “sim”. É mais um capítulo na novela pela divisão de comando da CPMI.

O governo não topa ceder nem a relatoria e nem a presidência da comissão para partidos de oposição.

O PT da Câmara indicou Luiz Sérgio (RJ) para relatar a CPMI.

O PMDB do Senado convidou Neuto de Conto (SC) para ser o presidente.

Mas por meio de seu líder na Casa, Valdir Raupp, depois voltou atrás no convite para dar espaço à oposição.

Só falta os deputados petistas autorizarem o acordo.

Quem mais se opõe à divisão de poder é o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS).

Lula avisou ontem que está fora da negociação.

Enquanto estava dentro, preferiu não contrariar Fontana.

Vendo que o governo teima em não ceder, o PSDB vem agora com a proposta de nomear Jarbas para a presidência.

Ele é um dos poucos que ainda goza de credibilidade junto à oposição e é considerado independente, apesar de ser do PMDB.

Por isso mesmo o governo quer vê-lo longe de comandos de CPIs.

O DEM ainda não sabe da conversa entre Virgílio e Jarbas.

O governo tem direito a tomar conta dos principais cargos da CPMI por ter a maior bancada da Câmara (PT) e do Senado (PMDB).

A oposição ameaça criar uma CPI restrita ao Senado se for excluída do comando da CPMI.