Os vinte graus médios de temperatura do estúdio da Rádio Jornal não se alteraram no primeiro debate entre pré-candidatos à prefeitura do Recife realizado nesta sexta (22).
O encontro entre os prefeituráveis Carlos Eduardo Cadoca (PSC), Raul Henry (PMDB) e Raul Jungmann foi morno, quase frio.
Para os três pré-candidatos, o fato de que o ano eleitoral está apenas começando contribuiu para a temperatura extremamente amena do debate. “Espera agosto chegar”, brincou Raul Henry.
Nem mesmo a rivalidade entre Cadoca e Raul Henry, que disputaram a preferência do PMDB, foi suficiente para esquentar o encontro.
De todo modo, o momento de maior atrito aconteceu quando Cadoca contestou Raul Henry na questão da segurança.
Henry é um defensor da experiência de Bogotá, na Colômbia, para combater a violência no Recife. “Para trazer a experiência da Colômbia, é preciso rediscutir a federação”, advertiu Cadoca. “Lá se transferiu ao prefeito da cidade o comando da polícia, que é uma só e concentra 18 mil pessoas em Bogotá, quase o mesmo efetivo da PM de Pernambuco”, disse.
SEGUNDO TURNO Sobre a possibilidade dos três estarem juntos no segundo turno, tanto Jungmann quanto Henry afirmaram que seria um caminho natural no caso de enfrentarem uma candidatura da situação.
Já o candidato do PSC preferiu não se comprometer. “Está muito cedo ainda”, afirmou.
Cadoca e Jungmann concordaram, no entanto, que o candidato do PT, secretário de Planejamento da PCR João da Costa, não tem lugar garantido no segundo turno. “João Paulo conseguiu reunir todos contra ele, inclusive no PT”, bateu Jungmann.
Sobre essa questão, Raul Henry se absteve.
No início da semana, o principal defensor de sua candidatura, o senador Jarbas Vasconcelos, avaliou que João da Costa é o nome a ser batido no segundo turno.