No final do ano passado, ao fazer um balanço das operações da Caixa no Estado, o atual superintendente, Alex Norat, que neste mês de fevereiro deveriam começar as obras do PAC no Recife.
Até aqui, nem sinal. “Com o projeto Pró-metrópole, vamos eliminar os problemas da bacia do Beberibe e os seus aglomerados urbanos.
O resultado vai ser bom.
Vamos mudar a cara da cidade”, afirmou, em dezembro.
Cito de memória, mas era algo como R$ 70 milhões em Olinda e R$ 14 milhões no lado do Recife, sendo 76% do OGU e 24% do FGTS.
No total, as obras do PAC iriam beneficiar 30 municípios do Estado, com 98 operações e cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos.
Em julho do ano passado, Lula chegou a fazer um comício no Centro de Convenções, para anunciar as obras. “Só podemos começar a liberar os recursos depois que as obras começarem”, justificou, em dezembro, Norat.
Com a previsão de contratação de empresas locais, os investimentos podem ter bom impacto na geração de empregos.
Além da própria burocracia estatal, esta última justificativa pode explicar o atraso.
Os governos só andam em ano de eleição, com medo de perder o poder.
Calculam os investimentos estejam maduros bem na época das urnas serem abertas.
Um complicador é o OGU de 2008, ainda em discussão na Câmara dos Deputados.
Pelo lado do FGTS, não há justificativa para o atraso, pois os petistas controlam o conselho curador, a direção da Caixa e houve superávit e o orçamento deste ano vai ser maior do que o ano passado.