Em coletiva à imprensa, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), junto ao Sindicato dos Médicos do Estado (Simepe), apresenta nesta quinta-feira, 21, o que classificam como a inconstitucionalidade e os danos relacionados à criação de Fundações Privadas nos hospitais públicos do Estado, anunciada pelo Governo de Pernambuco.

A coletiva será realizada logo mais, às 10h, no auditório do Simepe.

O Governo do Estado anunciou a implementação das Fundações Privadas nos hospitais de rede publica de saúde de Pernambuco nos próximos dias, sob o argumento de que a ação irá melhorar a capacidade de gerir os hospitais públicos do estado.

De acordo com a entidades dos médicos, a saúde publica de Pernambuco e do Brasil necessita de mudanças - nas leis de licitação, na cobrança maior da eficiência dos servidores da área, entre outros -, mas não será a entrada da iniciativa privada, através do argumento de ineficiência dos setores públicos e jogando na vala comum uma minoria de servidores que não cumprem com a sua função, que o rendimento dos hospitais vai melhorar. “Os escassos recursos que o Governo Federal destina à saúde, assim como a corrupção e a impunidade, são os problemas centrais do sistema de saúde”, defendem.

Além do Cremepe e o Simepe, o evento conta com a parceria da Ordem dos Advogados do Brasil (seccional de Pernambuco), o Conselho Municipal de Saúde, o Conselho Estadual de Saúde, a Associação Médica de Pernambuco, o Sindicato de Enfermagem, o Sindicato de Assistência Social, o Sindicato dos Farmacêuticos, o Conselho de Nutrição, a Ciranda, a Rede de Resistência Solidária, o Movimento Caranguejo Uçá, o Movimento Humanos Direitos, a Rede Feminista, o Instituto Papai e o Diretório Acadêmico de Medicina Umberto Câmara Neto, (Damuc/UFPE).