Da editoria de Política do JC O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o pré-candidato do DEM à Prefeitura do Recife, Mendonça Filho, discutiram, ontem (19), um “pacto de não agressão” na campanha entre os três pré-candidatos de oposição à PCR: o próprio Mendonça e os deputados federais Raul Henry (PMDB) e Raul Jungmann (PPS).

Durante o encontro no gabinete do senador, em Brasília, os dois deram como certa a ida do pré-candidato do PT, o secretário de Planejamento Participativo, João da Costa, para o segundo turno.

Por isso, avaliam que é fundamental manter um clima de civilidade para agregar as forças oposicionistas em um confronto direto com o petista.

Dois motivos levam Jarbas e Mendonça a acreditarem na ida de João da Costa para o segundo turno: a força da militância do PT no Recife e o capital político e eleitoral do prefeito João Paulo (PT), principal fiador da postulação do auxiliar.

Já a pré-candidatura de Carlos Eduardo Cadoca (PSC) “carece de identidade”, na avaliação de ambos, devido ao fato de o parlamentar ter sido integrante da antiga aliança jarbista, apoiar hoje o governo Lula (PT), além da proximidade com Eduardo Campos (PSB).

Oficialmente, o encontro de ontem entre Jarbas e Mendonça, que durou cerca de meia hora, foi apenas uma cortesia do democrata ao senador.

Na ocasião, porém, o dirigente também reafirmou sua pré-candidatura, mesmo que não consiga atrair partidos de médio ou grande porte para seu palanque.

Se isso ocorrer, o DEM está disposto a concorrer com uma chapa “puro-sangue”, ou seja, com um vice do próprio partido.

Atualmente, o DEM controla 21 das 184 prefeituras do Estado.

Para este ano, o partido traçou uma meta de eleger 30 prefeitos, o que representaria um acréscimo de 42,8%.

Além do Recife, a sigla vê como estratégica para seu fortalecimento, as vitórias em Caruaru, Petrolina, Palmares, Salgueiro e Bodocó.