O deputado Pedro Eurico (PSDB) nem subiu à tribuna da Assembléia Legislativa e já disparou um torpedo contra o governador Eduardo Campos e o secretário de Saúde, Jorge Gomes, sobre a situação encontrada por deputados oposicionistas em hospitais e numa unidade do Lafepe, nesta terça (19), no Recife. “O governo está no segundo ano.

O prazo para se acomodar já se esgotou.

O lenga-lenga da \herança maldita\ não cabe mais”, disse o líder da oposição na Assembléia, em entrevista à Rádio JC/ CBN, agora há pouco.

Segundo ele, a unidade do Lafepe visitada pelos deputados, na Rua do Imperador, não está oferecendo nove dos 30 medicamentos de fabricação própria do laboratório.

Também não apresenta outros 90, de uma lista de 150 genéricos que deveria estar oferecendo. “Me parece que o Lafepe se encontra mergulhado em grave crise”, afirmou o parlamentar. “O prejuízo é enorme para a população carente”.

Para o deputado, a situação do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape) também é gravíssima. “Na emergência, encontramos pacientes enfartados sendo atendidos sentados porque não há leitos suficientes”, contou.

Pedro Eurico disse que o Procape não está realizando cirurgias cardíacas nem procedimentos importantes como cateterismo. “O hospital tem médicos, tem enfermeiros, tem máquinas.

Mas não faz os procedimentos porque a secretaria de Saúde não manda o material necessário”, acusou.

Ele informou, ainda, que a empresa terceirizada de prestação de serviços Adlin está há 15 meses sem receber pelo contrato com o governo. “Por maior que seja a consideração que temos pelo secretário de Saúde, doutor Jorge Gomes, não se justifica um hospital chegar a esta situação”, bateu o deputado.

O parlamentar advertiu que a oposição fará visitas como a de hoje periodicamente.

Acompanhando Pedro Eurico, estavam Terezinha Nunes (PSDB), Augusto Coutinho e Miriam Lacerda (ambos do DEM).

O relatório da visita desta terça será enviado ao governador Eduardo Campos até o final desta semana.