Antes da decisão do MP, prevendo o fechamento do lixão da Muribeca, o município de Olinda parecia mais resoluto em colocar o Recife no canto da parede, para poder acabar com o que era considerado o maior passivo ambiental do Nordeste.

O município reclamava, nos bastidores, de ser degradado e não receber compensação por isto.

Por ano, estimava-se que perdesse mais de R$ 10 milhões de ICMS verde.

Desde 1984 que o Recife joga lixo no município vizinho.

São cerca de 2,5 mil toneladas por dia, sendo 2 mil por dia do Recife e apenas 500 de lá mesmo.

A briga era boa para o prefeito Newton Carneiro porque ele poderia defender os catadores.

São cerca de mil famílias que dependem de uma solução.

João Paulo, no entanto, não mordeu a isca.

O problema, com o quadro atual, é a dependência de uma única empresa privada, a SA Paulista (associada a empresa Locar).

Se o leque for aberto, já há aterros funcionando em Igarassu, na Usina São José, podendo mesmo o destino final ser levado para outros municípios que trabalhem para obter o ICMS verde.