Com relação às denúncias feitas pela bancada de oposição com relação à pasta da Saúde, o deputado Isaltino Nascimento, líder do Governo, informou na tarde desta terça-feira (19), na Assembléia Legislativa, que os hospitais vêm passando por uma ampla reestruturação desde janeiro de 2006, quando a nova gestão assumiu. “No ano passado, mais de R$ 70 milhões foram investidos na compra de novos equipamentos e em obras de ampliação e melhoria das emergências”.
No caso do Procape, citado pelos deputados de oposição, o líder governista lembrou que a unidade foi inaugurada pelo governo anterior, em 2006, sem estar certificada pelo Ministério da Saúde, ou seja, \impossibilitada de receber verbas federais. “Inviável financeiramente, o Procape enfrentou grandes dificuldades no início de 2007, com ameaça de fechar as portas devido à falta de medicamentos (desde os mais simples), insumos básicos (luvas, gases, soro) e com folha de pagamento atrasada”.
Isaltino destacou que a situação se normalizou em março de 2007, quando, por esforço conjunto do governador Eduardo Campos e do secretário Jorge Gomes, o ministro José Gomes Temporão esteve no Recife e assinou a contratualização do Procape ao SUS.
Atualmente, a unidade recebe R$ 1,3 milhão por mês do Governo Federal para produção de serviços, possibilitando o funcionamento de todos tratamentos cardíacos, dos mais simples aos mais complexos, a exemplo de terapia celular, implantação de marcapasso, medicina nuclear e hemodinâmica.
Com sua certificação como instituição de ensino e pesquisa (outro ganho deste governo junto ao ministério) e o aumento da produção de serviços, a verba de custeio chegará a R$ 2,3 milhões/mês ainda este ano.
Isaltino disse que em relação ao Hospital Agamenon Magalhães, a unidade teve hoje uma demanda excessiva de pacientes em sua emergência cardiológica, mas em nenhum momento paralisou seus serviços, como foi informado. “Por maior que seja a procura de pacientes e o esforço dos profissionais de saúde, jamais este governo permitiria o fechamento de um serviço tão essencial à população”, enfatizou.
De acordo com a direção, o que houve foi uma demanda além do normal devido à ausência de médicos cardiologistas nas redes municipais de saúde, acarretando sobrecarga para os grandes hospitais.
Além disso, a inexistência de programas municipais mais eficazes de controle da obesidade, hipertensão arterial e diabetes está levando a população a procurar os hospitais em estágio avançado da doença, gerando custos excessivos e irreversibilidade da patologia.
Isaltino frisou também que, em 2007, o Governo do Estado deu uma atenção especial ao HAM.
Foi inaugurada uma nova clínica médica, com 19 leitos, e também um laboratório de hemodinâmica, no qual houve um investimento de R$ 1,6 milhão.
Outro fator positivo foi o destaque do hospital nas pesquisas com células-tronco, tornando-se a unidade do Brasil que melhor desenvolveu o estudo em pacientes enfartados.
LAFEPE - No caso do Lafepe, Isaltino disse que a distribuição de medicamentos do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco estava sendo normalizada desde a manhã de hoje (19).
A suspensão temporária da distribuição de alguns medicamentos ocorreu por conta do balanço anual que é feito pela fábrica.
Segundo a direção do laboratório, o trabalho já estava previsto no planejamento anual da empresa.
Como seria difícil fechar o balanço com medicamentos entrando e saindo do estoque, alguns medicamentos faltaram temporariamente.
Para evitar o fechamento das unidades, a direção optou por mantê-las abertas fazendo com que a população pernambucana não fosse prejudicada.