Do site do MPPE Vai a júri popular nesta quarta-feira (20), no Recife, Gilvan Gomes de Sá, acusado por um dos assassinatos resultantes da rixa histórica entre as famílias Araquan/Gonçalves e Cláudio/Russo, de Cabrobó.

Gilvan, 37 anos, foi um dos líderes de um atentado contra quatro integrantes da família Cláudio/Russo ocorrida em 29 de junho de 1997 e que mobilizou toda a força militar de Pernambuco – incluindo o Exército – para manter a paz na cidade.

A emboscada resultou na morte do comerciante Darlys Gomes Ramos, que estava apenas passando em frente à casa de um dos alvos.

O julgamento começa às 9h no Fórum Thomaz de Aquino, bairro de Santo Antônio.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) será representado pelo promotor de Justiça José Edivaldo Palmeira, respondendo pela 4ª Vara do Júri.

O promotor José Edivaldo da Silva vai pedir a condenação do réu por homicídio triplamente qualificado (vingança, meio cruel e sem chance de defesa à vítima), quatro tentativas de homicídio e formação de quadrilha. " O processo foi desaforado de Cabrobó para o Recife para que não haja influência das famílias sobre o Júri", afirmou Palmeira.

A expectativa é de que o julgamento dure entre 12 e 15 horas.

Gilvan Gomes de Sá foi denunciado pelo MPPE junto com outros 11 homens, todos acusados de participação no atentado contra os Cláudios/Russos.

No dia do crime, por volta das 19h, os doze acusados seguiram em uma caminhonete S-10 e um Ômega para a casa de Antônio Simões de Almeida (conhecido como Antônio Russo), alvo principal do atentado, localizada à avenida 11 de setembro.

Todos estavam fortemente armados, incluindo com fuzis AR-15.

Darlys Gomes Ramos foi confundido com um dos filhos de Antônio Russo e morreu baleado no tiroteio.

Tanto Antônio Russo como os outros alvos - seu filho Martônio Alves de Almeida, João Batista Gomes Rodrigues e José Quirino Filho – saíram com vida, mas com lesões corporais leves e graves.

O crime que vai a júri nesta quarta-feira foi desencadeado por um atentado anterior da família Araquan/Gonçalves que resultou na morte do ex-vereador Lourival Russo, também em 1997.

Em vingança, os Cláudios/Russos tentaram uma emboscada contra os Araquans/Gonçalves, sem vítimas, que foi respondida então no tiroteio que vitimou o comerciante Darlys Gomes Ramos.