O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse ao Blog que não acredita na consolidação da candidatura do deputado federal Carlos Eduardo Cadoca (PSC) à prefeitura do Recife.

Por isso, não vê motivos para que as oposições ao prefeito João Paulo (PT) e ao governador Eduardo Campos (PSB) se aglutinem, com uma candidatura única, ainda no primeiro turno. “A candidatura de Cadoca não é carne nem peixe”, avaliou Freire. “Tem uma fragilidade tremenda, porque saiu de um lado (o PMDB de Jarbas) e não será a oficial do outro (o PSB de Eduardo).

Neste sentido, pode se tornar laranja”, afirmou. “Estou dizendo isso e não é com nenhum prazer.

Gosto de Cadoca.

Não estou dizendo que ele é laranja, mas a candidatura pode vir a ser”, avaliou.

Para Roberto Freire, incentivar o nome de Cadoca interessa ao governo Eduardo Campos porque a candidatura do PSC se coloca numa “zona cinzenta” de indefinição.

Segundo o presidente nacional do PPS, seu partido está muito entusiasmado como potencial de Raul Jungmann.

E a possibilidade de acordo com o PV (leia aqui) aumenta o otimismo. “O que vejo é Raul (Jungmann) se afirmar.

Ele é uma pessoa decidida.

Está para disputar.

Está articulando um projeto para o Recife e uma aliança política para viabilizar este projeto”, analiou.

UNIFICAÇÃO A hipótese da unificação das oposições, ainda no primeiro turno, foi discutida na semana passada, em uma reunião em Brasília, para a qual o presidente do PPS foi convidado pelos senadores Sérgio Guerra (PSDB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Os nomes postos na mesa como alternativas de unidade foram os de Raul Henry (PMDB) e Mendonça Filho (DEM).

Raul Jungmann (PPS) ficou de fora.

O Blog apurou na semana passada que Jarbas e Guerra receiam a aproximação de Cadoca com o Palácio do Campo das Princesas.

Isto porque o governador Eduardo Campos poderia acabar apoiando do candidato do PSC, de maneira aberta ou velada.

E se este apoio sair, ainda de acordo com a avaliação dos senadores, as oposições podem ficar a ver navios no segundo turno, assistindo a uma disputa entre o social-cristão e o petista João da Costa, nome preferido do prefeito João Paulo.

A reunião em Brasília se deu na quinta (14).

E como Freire reiterou a candidatura de Raul Jungmann, o assunto não progrediu.

Na sexta (15), em entrevista ao Jornal do Commercio - publicada no domingo (17) - o senador Jarbas Vasconcelos já admitia que, no primeiro turno, a fragmentação das candidaturas de oposição é mesmo irreversível. “A unificação em torno de outro nome seria possível se não tivésemos um candidato em igualdade de condições para crescer”, concluiu Freire.