O Jornal do Commercio deste domingo (17) traz entrevista de uma página, concedida pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) a Ana Lúcia Andrade e Paulo Sérgio Scarpa.

Na avaliação que fez do primeiro ano da gestão Eduardo Campos, no governo do Estado, Jarbas disse que ficou fácil para o novo governador administrar, já que recebeu um Estado estruturado.

Confira alguns trechos.

HERANÇA MALDITA É um equívoco dele (Eduardo).

Ele está imaginando que a opinião pública pode engolir isso.

Por mais que ele repita isso, as pessoas sabem em que condições eu encontrei o Estado, em 99, e como ele encontrou em 2007.

O povo não é bobo, pode até perder um pouco a memória, mas em via de regra tem noção das coisas.

Essa coisa da herança maldita é apenas um expediente para tentar desqualificar o nosso governo.

Ele encontrou o Estado organizado, não só na questão da infra-estrutura, mas na atração de investimentos.

Ele tem dado seqüência a uma administração que encontrou.

Essa é que a verdade.

O que o governador está fazendo é dando continuidade à minha administração.

Encontrou um Estado estruturado e tem que continuar isso.

CONTAS EQUILIBRADAS Por que é que Suape hoje está se preparando para novos investimentos como a refinaria, o pólo de poliéster e o estaleiro?

Ele pegou o Estado arrumado e esquece que nós pegamos um Estado em que tivemos que pagar três folhas de pagamento.

Ele vai para o interior, todo instante, para falar em herança maldita, e não estabelece nenhuma comparação com o Estado que eu encontrei, que ele deixou, porque era secretário da Fazenda. É só ver como estavam as contas do Estado, quando Mendonça passou o governo para ele, e como eu o recebi.

Eu sequer recebi o governo das mãos de doutor Miguel Arraes.

Encontrei um Estado decadente, desacreditado e falido.

SEGURANÇA A área de segurança era um horror.

Nem dinheiro para a gasolina das viaturas havia.

Os policiais não tinham colete para ir às ruas.

A gente fez um brutal investimento.

Se não alcançamos resultados satisfatórios no combate à violência, mas os investimentos foram feitos, a modernização da polícia foi feita.

SAÚDE E EDUCAÇÃO Na saúde, passamos quase que todo o primeiro governo pagando os restos a pagar.

Robalinho (Guilherme Robalinho, secretário da Saúde na ocasião) pode explicar isso a qualquer hora.

Além dos dispêndios do nosso governo.

Na educação, eram escolas caindo, algumas fechadas, sem bancas escolares, sem coisa nenhuma.

SUAPE Nós levantamos esse Estado, demos uma outra estrutura a ele.

Suape é um lugar que o governador não tem ido muito, mas é um diferencial de Pernambuco hoje.

Nunca tirei a contribuição dos outros governadores, todos que me antecederam tiveram uma parcela de responsabilidade e de empenho com relação a Suape, mas a gente elegeu Suape como prioridade. ÁGUA Por que ele agora deu ênfase a Pirapama e fez a adutora?

Porque a gente fez a barragem.

Uma barragem que estava orçada, inicialmente, em R$ 33 milhões e a gente fez com R$ 14 milhões.

Se a barragem não tivesse sido feita por nós, não teria a adutora.

Por que é que a Adutora do Oeste funciona, Jucazinho funcionou, que são obras do Dnocs, obras federais?

Porque nós injetamos dinheiro.

Só em Jucazinho nosso governo investiu R$ 27 milhões para que a água pudesse chegar em Caruaru e hoje está sendo levada para Bezerros e vai chegar até Gravatá.

ESTRADAS Sem falar nas estradas que recuperamos e as novas que construímos.

A BR-232, a Estrada da Uva, a Estrada do Gesso.

Então ele pegou um Estado estruturado, organizado e respeitado.

Assim fica mais fácil administrar.