Por Allan Aguiar Em almoço acontecido no Boi Preto do Pina escultei de um destacado colaborador da SETUR/Recife a senha que explica o imbróglio que se apoderou da atividade turística da capital, fato gerador do completo sucateamento dos negócios turísticos em Recife, o qual é regularmente abastecido por comando superior de focar na Demanda (mais turistas), estimulando-a para rentabilizar a Oferta existente (atuais hotéis de Recife).

A linha de demanda em expansão, incrementando as taxas de ocupação e o tarifário médio praticado, salvando os sobreviventes do apocalipse do Setor, que já começou.

O raciocínio, que julgo próprio dos exterminadores do futuro, está alicerçado em premissas anacronicas, abandonadas há décadas por Destinos concorrentes, segundo a qual a Oferta deve estar submetida a Demanda, e não o contrário.

Recuemos à década de 70 e nos imaginemos numa Porto de Galinhas repleta de mochileiros acampados e pouquíssimos meios de hospedagem.

A patota, há época, decide que ninguém constrói mais nada até os minguados albergues e pousadas manterem-se lotados.

Imaginemos uma tal AMHP – Associação dos Meios de Hospedagem de Porto, a qual indicou um de seus associados para a Secretaria de Turismo de Ipojuca, deliberar, entre um embalo e outro de sábado à noite, que “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

O que seria do Destino Porto de Galinhas de hoje?

Uma Recife!

Um nada turístico!

A atual taxa média de ocupação da rede hoteleira de Recife é turbinada pela destruição de hotéis, não pela construção de hotéis.

A quem interessa isso?

Quem são os Arnold Swasneger do Turismo Recifense?

O Hotel mais novo da Cidade esta debutando este ano.

Isto também explica as razões do subdesenvolvimento turístico do Litoral Norte do Estado.

Sem Oferta qualificada, um potencial Destino não tem demanda qualificada nem musculatura mercadológica para entrar no Jogo.

Sugiro ainda uma visita a capital potiguar, que adotou medidas urbanisticas corretas, resultando na maior expansão hoteleira do Nordeste.

Calculo que nos próximos anos, Natal contará com renda per Capita e PIB superiores ao de Recife.

Após a eleição, políticos vencedores são procurados ou demandam certas agremiações para indicar esse ou aquele para determinadas posições no Governo.

Mesmo estando bem intencionados, é uma tarefa tão complexa quanto encontrar virgem em prostíbulo.

Os políticos, que não tem qualquer obrigação de serem especializados no tema Turismo, acham que essa gente são interlocutores de alto nível.

Em altos de Pousadas do Pina, entre legítimos Habanas e goles em encorpados tintos, o “Trade” de três delibera qual o próximo convênio ou patrocínio que sangrará o erário.

Com suas beldades, quebram os bafômetros da avenida e no quesito Álcool no Sangue são Dez!

O Destino Turistico Recife está entubado na UTI e seu caso é Cirúrgico.

Uma infecção generalizada tomou conta do seu organismo e nenhum antibiótico será capaz de conter o quadro de morbidez desse paciente.

Nem “Recife é Aqui”, nem “Recife te Quero”, Nem Mangueira, nem beija-flor.

O Médico responsável está com diagnóstico errado e pondo a culpa da febre no termômetro.

Proponho que a galera do Projeto “O Fuçador”, da própria SETUR/Recife, começe a “Fuçar” as salas da Secretaria e, achando o Doutor, proponham uma nova campanha: “Recife, te Largo”.

PS: Allan Aguiar foi Presidente da EMPETUR no governo Eduardo Campos