Não tomem como pressão.

Mas o relator-geral do Orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE), tem uma boa chance de livrar-se, em defintivo, da alcunha de coveiro da Sudene, pelo menos aqui em Pernambuco.

De pires na mão, criada praticamente no papel, sem verbas suficientes para financiar projetos, a Sudene agradeceria a ajuda.

Nesta terça-quarta, Pimentel decidiu ampliar o superávit primário das estatais federais em R$ 2,82 bilhões para evitar mais cortes nas despesas para este ano.

O aumento fará com que a economia de recursos das estatais em 2008 alcance 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 0,65% previsto inicialmente na proposta encaminhada pelo Executivo.

Esse esforço deverá atingir tanto investimentos quanto despesas gerais das 117 empresas pertencentes à União.

Já o superávit do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) foi rebaixado de 2,2% do PIB para 2,1%.

Essa redução preservou o orçamento fiscal e da seguridade, onde estão as ações sociais do governo.

Ou seja, o relator reduziu o impacto dos cortes sobre a parte principal do Orçamento e jogou o peso para as estatais.