Do Comunique-se Repórteres das sucursais dos jornais O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo consideraram satisfatório o trabalho das assessorias de imprensa dos diversos ministérios, secretarias e agendas, na tentativa de elucidar os gastos dos órgãos com cartões corporativos.

Mesmo estando acima da demanda, a assessora Isabel Clavelin, da secretaria de Igualdade Racial, conta que a equipe de comunicação respondeu a todos os pedidos no tempo adequado. “A Assessoria de Comunicação Social da Seppir empenhou-se em atender as demandas da imprensa com rapidez e objetividade”, disse.

Isabel acredita, ao contrário de membros do movimento negro, que a cobertura da mídia não fora preconceituosa por Matilde ser mulher e negra. “A evidência em torno do uso do cartão de pagamentos se deu por uma questão administrativa e não de ordem racial.” Na Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, o assessor Marcos Hurospecki, conta que a demanda foi grande: “Só para a Folha, respondemos a 60 questionamentos em um dia”, disse.

Para enfrentar a crise, no entanto, Hurospecki afirma que só tinha uma saída: ir para cima.

Convocou uma coletiva de imprensa para explicar os gastos do secretário Altemir Gregolin em restaurantes e hotéis, segundo o assessor, todos eles gastos no exercício da função. “Foi uma loucura.

Você já imaginou se não tivesse assessoria de imprensa?”, afirmou, orgulhoso da profissão.

A assessoria da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, responsável por R$ 242 mil dos R$ 281 gastos pelo Ministério das Comunicações, informou que não houve problemas para informar aos jornalistas. “Não houve muita crise”, afirmou Ricardo Lavale.

A utilização do dinheiro, disse Lavale, foi essencialmente usado na fiscalização dos serviços de telefonia, como no escritório regional no Amazonas, para checar a existência de orelhões nessas regiões, bem como para serviços e locomoção.