A Prefeitura do Recife promete iniciar nesta quinta-feira as fiscalizações dos bares, boates, restaurantes, hotéis, motéis e similares para torná-los livres de fumo. 60 fiscais estarão envolvidos.

O trabalho vai ser promovido pela Vigilância Sanitária.

Os empreendimentos que não se adequarem à legislação poderão receber penalizações que variam de advertência a multas entre R$ 40 e R$ 400 mil.

De acordo com a diretora da Vigilância à Saúde do Recife, Adeílza Ferraz, cem empresas de toda a capital serão vistoriadas ainda esta semana. “A monitoração referente ao Ambiente Livre do Fumo será incorporada à rotina da Vigilância Sanitária.

No entanto, estamos intensificando as ações agora em fevereiro.

Também faremos inspeções noturnas, de forma a contemplar os estabelecimentos que só funcionam nesses horários, como boates e alguns restaurantes”, destaca.

Além da inspeção nos locais, os técnicos vão orientar os clientes sobre os riscos do consumo do tabaco e o Projeto Ambientes Livres do Fumo.

Nas ações, os inspetores da Vigilância Sanitária observarão se o estabelecimento é livre do fumo e, no caso de quem tem um espaço destinado para o consumo do produto, se ele possui uma área completamente isolada do ambiente interno.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os trabalhadores do setor de lazer, entretenimento e hospitalidade estão de 300% a 600% mais expostos aos efeitos nocivos da poluição tabagística ambiental em relação às demais pessoas. “Estamos trabalhando desde 2001 na Política de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer para conscientizar a população sobre os riscos que a fumaça do cigarro e outros produtos derivados do tabaco e promover espaços cada vez mais saudáveis no Recife”, afirma a secretária Municipal de Saúde, Tereza Campos.

O Recife conta hoje com 372 ambientes livres do fumo, entre unidades de saúde, shoppings centers, repartições públicas e privadas, ONGs e escolas.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, isso representa um benefício para mais de 955 mil pessoas que transitam mensalmente nesses espaços, entre trabalhadores, usuários dos serviços e visitantes.