Leia os principais trechos do discurso do governador Eduardo Campos na posse do novo superintendente da Sudene, Paulo Fontana, nesta terça (12).
TÂNIA E CIRO Aqui presto nossos sinceros reconhecimentos a professora Tânia Bacelar, também ao meu amigo Ciro Gomes, que andou neste Nordeste todo ouvindo a população, que desenhou o projeto que recebemos no Congresso Nacional ainda no primeiro ano do governo do presidente Lula.
Essa homenagem a Tânia deve ser entendida como a todos os servidores da Sudene, muitos que já não estão aqui.
NOVO CICLO Se hoje estamos reconstruindo, num passo importante a Sudene, é porque o Brasil e o Nordeste respiram um momento semelhante (ao da criação da autarquia ), inspirado pela eleição do presidente Lula, que teve discernimento e capacidade política de encontrar um Brasil à beira de um caos e reconstruiu os fundamentos macroeconômicos que permitem ao Brasil inaugurar um ciclo de crescimento econômico como o vivido nos anos 50, com ausência de liberdade nos anos 70, e como vai viver agora.
UNIÃO Hoje, nós celebramos aqui o fim do tempo da dispersão nordestina.
Aqui se afirma de forma pública o que estamos fazendo de forma reservada e o ministro Geddel é testemunha.
A unidade dos nordestinos está aqui, ela foi eleita em nome de tantos outros que aqui não podem falar, mas que assistiram com pesar não só enterrarem a Sudene, mas colocarem na cabeça das gerações que chegavam à sua cidadania, a impressão de que o caminho do Nordeste era a guerra fiscal era a luta entre a Bahia e Pernambuco e todos os outros Estados da Região. (…) A eleição de todos estes homens e desta mulher que está aqui, independente dos partidos, foi obra da voz do povo dizendo que era hora de pôr fim a isso, unir o Nordeste e termos solidariedade uns com os outros.
O que for importante para o Ceará e para a Bahia, ou qualquer outro Estado, terá o apoio do Governador Eduardo Campos e do povo de Pernambuco, porque o povo do Ceará é irmão do nosso povo, os baianos são nossos irmãos.
RECURSOS Será necessário buscar pessoas que estão fora, novos concursos, uma profunda interação com as nossas Universidades, e vai exigir recursos.
Prioridade não é discurso, prioridade é orçamento liberado.
Nós vamos acompanhar, e o conselho deliberativo da Sudene terá um fórum que a imprensa e a opinião pública vai ter acesso. (…) A única forma de sairmos da guerra fiscal é a Sudene garantir incentivos fiscais diferenciados dentro do Nordeste.
Eu defendo com muita clareza que estes incentivos têm que ser nacionais, para nos diferenciar, não só como Estado, mas dentro do próprio Estado, para permitir a interiorização que aqui falou Cássio Cunha Lima de forma extremamente correta.