Por Isaltino Nascimento O ano de 2008 foi especial para o Carnaval de Pernambuco.

Não apenas pela sua beleza, magia, espontaneidade e riqueza de tradições, mas porque o folião percebeu de fato que houve menos violência.

Quem brincou a Festa de Momo sentiu que a polícia estava atenta nas ruas, de forma organizada, estratégica, operativa.

A atuação da polícia, inclusive, foi alvo de aplausos estrondosos em diversos focos, onde foliões demonstraram orgulho pela forma ágil e eficiente do trabalho executado.

Os números divulgados pela Secretaria de Defesa Social, logo após o encerramento da festa, referendaram o que a população havia presenciado.

Houve redução de 34% nos números de homicídios em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram 88 assassinatos em 2007 contra 58 ocorridos neste ano.

Em 2006 o número de homicídios no mesmo período foi de 92.

Chamo a atenção que a ação policial vista no Carnaval não foi um fato isolado, mas o resultado de um trabalho que vem sendo executado com competência pela pasta responsável pela segurança pública no Estado.

E é importante que todos fiquem atentos a este aspecto.

Como bem frisou o secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, a redução nos números de homicídios durante o Carnaval não se deve a um único fator e, sim, a vários fatores.

Vamos a eles: Houve aumento no número de policiais nas ruas, com a formação de mais de 800 novos soldados.

O número de viaturas também foi ampliado - hoje são 330.

Foi criada a Central de Monitoramento na SDS, com a instalação de 50 câmeras, sendo 20 delas em Olinda e 30 no Recife.

Essa central funcionou 24 horas, com operadores e policiais militares identificando atitudes suspeitas, vendas de drogas, e acionando imediatamente, via rádio, policiais a pé ou em viaturas, que se encontravam estrategicamente localizados e agiam de maneira rápida.

O custo da Central foi de R$ 2,6 milhões.

Melhor ainda é o que teremos em breve: o projeto prevê a instalação de mais 150 câmeras na área do 16º BPM - Recife.

A licitação para esse serviço já está em curso.

Outro fator a ser destacado: a SDS vem trabalhando desde o Carnaval do ano passado com um comitê de grandes eventos, que planeja a forma de atuação em todos os festejos realizados durante o ano no Estado.

A experiência exitosa do Carnaval de 2007 foi ampliada este ano, possibilitando planejamento minucioso das ações que foram postas em prática durante a festa de 2008.

Desta forma, os envolvidos (Ministério Público, secretárias de governo, prefeituras, empresários, Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros Militares e outros órgãos da SDS) realizaram diversas reuniões ao longo do ano para a organização do Carnaval 2008, principalmente para a ação no Galo da Madrugada.

Além disso, foram instalados contêineres em Olinda e Recife, em parceria com a Secretaria de Turismo, para desafogar as delegacias de plantão, melhorando o atendimento ao público.

Outra grande iniciativa foi a instalação do Juizado do Folião, em parceria com o Tribunal e Ministério Público, para o Galo da Madrugada.

Também houve monitoramento dos grandes corredores da cidade com viaturas, evitando a depredação de ônibus e inibindo os assaltos.

O trabalho dos agentes de segurança pública foi valorizado com aumento no valor das diárias para os PMs.

Os soldados receberam R$ 70 reais e oficiais, R$ 80.

O que foi estímulo para muitos profissionais se apresentarem espontaneamente para trabalhar no evento.

Sem falar do empenho dos comandantes de batalhões, que foram pessoalmente às ruas orientar suas tropas, dando efetividade e direcionamento estratégico ao policiamento de rua.

Vale destacar que o policiamento estava presente não apenas nos grandes focos de folia, mas também nos bairros, onde a visibilidade da mídia não chega.

A presença policial também foi sentida nos espaços de veraneio e no Interior do Estado.

E não foi apenas a Segurança Pública que obteve bons resultados.

Menos coletivos foram depredados no Carnaval de 2008.

Neste ano foram registradas 741 avarias em coletivos, contra 965 do ano anterior.

Assim, houve redução no valor do prejuízo causado pela depredação, calculado este ano em R$ 55.300,00 contra R$ 70.275,00 em 2007.

Já a Secretaria de Saúde registrou uma redução de 12% no número de atendimentos nas emergências da Região Metropolitana e do Interior, no período das 19h da sexta-feira até às 7h da Quarta-feira de Cinzas.

Foram 10.895 atendimentos, contra 12.376 do ano passado e 11.372 de 2006.

Tudo isso fez com que nosso Carnaval se destacasse ainda mais em sua multiculturalidade, afastando dos espaços de mídia notícias desagradáveis.

Abrindo visibilidade apenas para o lado bonito da festa, rica em seus mais variados aspectos.

Assim, brilhamos no turismo, na imagem que mostramos para aqueles que vieram prestigiar os nossos passistas, maracatus, caboclinhos, bois, la ursas, caiporas, caretas, papangus, blocos líricos.

Enfim, houve espaço para toda diversidade de ritmo e sons que faz do nosso Carnaval um dos maiores e melhores do mundo.

O que comprova que o investimento em segurança pública executado pelo governo do Estado é de fato merecedor de aplausos.

PS: Isaltino Nascimento (www.isaltinopt.com.br), deputado estadual pelo PT e líder do Governo na Assembléia Legislativa, escreve para o Blog todas às terças