Da Agência Brasil A Polícia Rodoviária Federal manterá, na Páscoa, a fiscalização para garantir o cumprimento da medida provisória que proibiu a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos que ficam às margens das estradas.

A informação é do ministro da Justiça, Tarso Genro, que participou hoje (11) do programa de rádio Café com o Presidente.

No programa, o presidente Lula pediu a colaboração da família para conter o uso indiscriminado de bebida ao dirigir. “O que vai evitar mesmo é a comunhão das famílias - a mulher, o filho, o pai, ou seja, as pessoas têm que se cobrar.

Uma mulher não pode entrar no carro se ela percebeu que o marido bebeu.

Um filho precisa cobrar do pai que ele não pode beber.

Um pai precisa dizer para o filho que ele não pode pegar o carro, encher a cara e sair fazendo corrida nas estradas.

Ou seja, se houver um processo coletivo de educação sobre a responsabilidade de não beber vai ser melhor para todo mundo”, disse o presidente.

Lula fez um balanço positivo do primeiro feriado em que a medida vigora.

Ele não se disse muito esperançoso de que o carnaval deste ano tenha sido mais tranqüilo nas rodovias, mas classificou a iniciativa de proibir a venda de bebidas como um fato promissor para diminuir a violência nas estradas.

Lula classificou a medida como acertada. “Se você imaginar que foram fiscalizados 7 mil estabelecimentos comerciais e pouco mais de 10% foram autuados, significa que 90% dos estabelecimentos cumpriram a medida provisória.

Ou seja, significa que tem muito mais gente responsável no Brasil do que gente que age com irresponsabilidade”, acrescentou.

Já o ministro da Justiça lembrou que o objetivo do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania, recentemente lançado, é justamente o de considerar a violência nas estradas como uma questão de segurança pública. “Nossa Polícia Rodoviária Federal fez uma operação inédita na história (…).

Então, teve influência essa megaoperação.

Teve influência, sem a menor sombra de dúvida, a proibição de bebida nas estadas”, observou o ministro.