Do site do Sintepe O ano letivo da rede estadual de educação se inicia com os velhos problemas.
Esta é a conclusão de um levantamento, realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), nas escolas situadas na Região Metropolitana do Recife.
Em um universo de 42 unidades, pouco mais da metade apresentavam algum problema estrutural (falta de reformas, de quadras, de laboratórios, etc) e havia deficiência de 161 professores em 13 disciplinas.
Na Escola Estadual Santa Ana, localizada em Rio Doce, Olinda, por exemplo, as aulas só começam no dia 10 de março, devido às reformas.
A pesquisa foi realizada nas cidades de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Igarassu, Itamaracá, Camaragibe, São Lourenço, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Paulista. “O anúncio do concurso público chegou atrasado.
Milhares de alunos continuarão voltando mais cedo para casa devido à falta de professores.
Isto sem contar nas centenas de unidades sem condições estruturais adequadas para o processo de ensino-aprendizagem, nas quais os alunos assistirão aulas em quadras e outros ambientes inadequados”, avalia Heleno Araújo, presidente do Sintepe.
As disciplinas em que faltam professores são: Matemática, Português, História, Geografia, Física, Química, Sociologia, Filosofia, Biologia, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Ciências, Artes e Educação Física.
Vale ressaltar que, em toda a rede estadual faltam 6.500 funcionários administrativos e auxiliares.
Na Escola Estadual Amarina Simões, em Paulista, os alunos assistirão aula em uma quadra, com salas divididas por paredes de gesso e telhado de zinco.
Em Vitória de Santo Antão, os estudantes e professores da Escola José Joaquim da Silva Filho (inclusa no grupo das 72 reformas emergenciais, as quais deveriam ter sido concluídas em junho do ano passado) ainda estudam nas dependências de um antigo bingo, com 13 salas divididas por tapumes, sem ventiladores, com pouca iluminação e um único banheiro. “Estes são apenas dois exemplos da situação estrutural das unidades”, afirma Araújo.