Na crônica “Era uma vez uma cidade”, publicada na página de opinião do Jornal do Commercio em setembro de 2006, o publicitário e cronista Joca Souza Leão protestou contra a Faculdade Maurício de Nassau por pintar de azul e amarelo (suas cores institucionais) prédios históricos no bairro das Graças, próximos à ponte da Capunga.

Entre eles, a casa onde nasceu o poeta Manuel Bandeira.

A direção da faculdade não gostou dos termos usados na crônica e publicou matéria nos jornais, no dia 1 de outubro do mesmo ano, rechaçando as opiniões do cronista.

Na seqüência, moveu quatro ações judiciais contra ele, pedindo indenização por danos morais e financeiros.

No dia 17 de novembro de 2007, no texto “Os Fatos”, também publicado no JC, Joca historiou o episódio e lembrou que também processou os donos da faculdade.

Em seguida, o diretor-geral da Maurício de Nassau, Janguiê Diniz, publicou no JC a sua versão, sob o título “Eis a verdade dos fatos”.

A nota de solidariedade a Joca, que será publicada no próximo dia 12, nos jornais do Recife, e que o Blog está antecipando, é mais um capítulo da novela.

Abaixo, email de Joca enviado ao Blog neste sábado (9). “Jamildo, Segundo Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra.

Mas em Pernambuco, terra dele, nem sempre é assim.

E fosse ele vivo, estaria aqui, unânime, inteligentemente assinando a Nota (leia no próximo post).

Bastou a Faculdade Maurício de Nassau pintar um sítio histórico, incluindo a casa onde nasceu o poeta Manuel Bandeira, como se fora um outdoor, com suas cores publicitárias, para o Recife fechar questão a favor do cronista que escreveu protestando contra a pintura.

Everardo Maciel, o ex todo poderoso da Receita Federal, ligado ao senador Marco Maciel, seu primo, é o primeiro a assinar a nota que será publicada na próxima terça-feira (12/02) nos jornais do Recife, a favor do cronista Joca Souza Leão e contra a tal faculdade.

Seguido de Dona Magdalena Arraes, viúva do ex-governador de Pernambuco e avó do atual governador, Eduardo Campos.

Gustavo Krause, do DEM, ex-ministro de FHC, assina ao lado de Fernando Lyra, ex ministro de Tancredo (Sarney) e aliado de Lula.

Dorany Sampaio, presidente do PMDB de Jarbas Vasconcelos, assina junto com Dilton da Conti, presidente da Chesf, que disputou com Jarbas a eleição para governador de Pernambuco.

Até o cantor Alceu Valença entrou na dança.

Junto com Roberto Freire, Eduardo Maciel (irmão de Marco, o senador), Francisco Brennand, artista plástico de renome internacional, Raimundo Carrero, escritor, e mais de duzentos nomes da política, da intelectualidade e da sociedade pernambucana assinaram a nota Pela liberdade de expressão e defesa do patrimônio histórico do Recife.

Em solidariedade a Joca Souza Leão. \Não há um único nome de família tradicional de Pernambuco que tenha ficado de fora, diz o médico José Maria Pereira Gomes.

Jamildo, conhece a humanidade do Recife, dê uma espiada na Nota.

Bei-joca.” PS: Leia no próximo post a íntegra da nota em solidariedade a Joca Souza Leão.