Da Folha Online O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) negou neste sábado que o governo tenha apressado as articulações para os cargos-chave em estatais ligadas ao setor elétrico para manobrar a CPI dos Cartões Corporativos.
Segundo ele, as negociações das indicações já ocorriam antes de surgir a proposta de instauração de investigações no Congresso. “Não tem nada a ver [as indicações e a CPI dos Cartões] .
Essas demandas são antigas”, afirmou Múcio, que se reuniu hoje por cerca de uma hora e meia com o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), no Palácio do Planalto, para discutir as indicações políticas.
Sem detalhar se preferia uma CPI mista (com deputados e senadores) ou a CPI do Senado, Múcio defendeu a instauração de investigações. “[Quero] a CPI que for melhor para o Congresso.
O pior é ficar sem esclarecer.
Esse foi um assunto que durante toda a semana se falou sobre ele e a sociedade reclama que isso seja esclarecido”, afirmou Evitando apontar eventuais responsáveis pelo suposto uso abusivo dos cartões, Múcio disse que os responsáveis devem ser punidos. \A CPI vai servir para que isso seja esclarecido sem buscar culpados e aqueles que fizeram mau uso [do cartão], a culpa não é do cartão é de quem usou o cartão, afirmou ele.
Porém, parlamentares afirmam que as indicações deverão funcionar como uma resposta ao PMDB para que o partido evitasse apoiar a CPI mista —defendida pela oposição.
A expectativa é que na próxima semana seja definido se a CPI será mista ou apenas no Senado.
Na segunda-feira, os partidos de oposição se reúnem para avaliar se obtiveram as 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores.