Brasília - O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão encaminhou hoje (8) uma recomendação aos ministros para que não usem cartões corporativos em seu próprio nome.

Em nota publicada no site da pasta, o ministro Paulo Bernardo afirma que a orientação não obriga os ministros a devolverem o cartão. “O que nós estamos recomendando é que nenhum ministro tenha o cartão no nome dele”, diz Bernardo na nota.

Segundo o ministério, a idéia é que um funcionário faça os pagamentos em nome do ministro.

Ainda de acordo com a nota, o Ofício-Circular 52 foi enviado aos ministérios pelo secretário-executivo do Planejamento, João Bernardo Azevedo Bringel. “No qual recomenda aos ministros e autoridades do mesmo nível sobre a inconveniência do uso do cartão pela própria autoridade para efetuar o pagamento de despesas de serviço geradas por eles”.

Em entrevista coletiva na quarta-feira (6), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, havia adiantado a medida. “A partir de agora, haverá uma avaliação, por parte do Ministério do Planejamento, no sentido de que o ministro não pode ter cartão, porque fere o princípio da impessoalidade”.

Os ministros da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, e do Esporte, Orlando Silva, possuem cartão em nome deles.

A ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Matilde Ribeiro também tinha um e pediu demissão depois de ter cometido irregularidades no uso do cartão corporativo.