Por Elio Gaspari Em Pernambuco, há os Cavalcantis e há os Cavalgados.

No mundo globalizado dos laboratórios farmacêuticos, há os mercados que merecem respeito e os que recebem desdita.

O Eli Lilly está negociando um acordo de US$ 1 bilhão com o governo para se livrar de um processo por ter encorajado a comercialização do remédio Zyprexa entre 2000 e 2003 para idosos que padeciam de demência.

Nesses casos, ele pouco adiantava e provocava danos à saúde.

O laboratório já pagou US$ 1,2 bilhão a 30 mil vítimas.

No Brasil, onde o remédio também foi vendido com propaganda enganosa, nada.

Em 2004, o Merck orgulhou-se de ter retirado do mercado mundial o antiinflamatório Vioxx, pois ele foi associado a distúrbios cardiovasculares.

No Brasil, quem apresentou suas caixas com o remédio, recebeu seu dinheiro de volta.

Nos Estados Unidos, foi oferecido um acordo de US$ 4,85 bilhões às vítimas da droga.