Brasília (Brasil) - O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), informou que o partido só definirá na próxima terça-feira (12) se reivindica a presidência ou relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a utilização dos cartões corporativos nos últimos 10 anos por autoridades e servidores do governo federal.
Maior bancada na Casa, os peemedebistas têm direito a indicação de um dos cargos. “É uma possibilidade.
O PMDB não descarta.
Como o PMDB faz parte da coalizão do governo, mas de um lado está o PT que governa com o presidente da República e do outro a oposição, com o Democratas e o PSDB, então tem CPI que não interessa ao PMDB indicar relator ou presidente.
Neste caso, não discutimos ainda”, disse Raupp, ao ser indagado se o partido reivindicaria um dos cargos.
Ele acredita que antes da instalação da CPI haverá disputas políticas entre o governo e a oposição.
Raupp citou, especificamente, a divulgação do aumento de gastos com cartões corporativos pelo governo de São Paulo, sob o comando de José Serra (PSDB). “Foram gastos, em 2007, R$ 106 milhões pelo governo paulista.
Acho que ficou elas por elas”, afirmou.
Questionado se acredita que estas informações seriam suficientes para fazer com que o PSDB recue na intenção de apurar os gastos do governo Lula com cartões corporativos, Valdir Raupp afirmou que “se for o caso de se investigar, o governo fará uma apuração conjunta”.
Ele disse que no que depender do Congresso esta comissão “vai trabalhar como as CPIs dos Correios, a dos Sanguessugas e tantas outras que puniram muita gente”.
Valdir Raupp criticou “a lentidão” do Tribunal de Contas da União (TCU) na apuração do que está publicado no Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo ele, tudo que está no portal é público e deveria ter sido investigado pelo TCU. “O tribunal foi lento por não ter avisado o governo”, disse o parlamentar ao comentar supostos abusos praticados por autoridades públicas no uso do cartão.
Com informações da Agência Brasil