Por Giovanni Sandes Há quase um ano, no Carnaval 2007, o Blog de Jamildo veiculou um texto deste repórter sobre o “assalto-porrada”, uma modalidade de crime em que um grupo escolhia um folião distraído, sozinho, espancava-o e depois levava seus pertences.
O foco dos problemas era no Pólo Mangue, local onde ocorre o Festival RecBeat.
Naquele texto, prometi voltar este ano para conferir a segurança da área.
E a folia está em alta: pude conferir não assaltos-porrada, mas dois arrastões, na noite do domingo último, entre os shows da carioca Botecoeletro e a Móveis Coloniais de Acaju (DF) - por volta das 00h30.
Nem entendo muito de segurança, para dar opiniões mais elaboradas, mas lembro de ter mencionado um ponto específico e problemático do Pólo Mangue: “Os freqüentadores do Rec-Beat reclamam da falta de efetivo policial no local, ao lado do Paço Alfândega. E foi na passagem entre o shopping e a Livraria Cultura (…).” Pois bem, foi do mesmo local que partiram os arrastões que pude conferir.
Destaco que a Polícia Militar não demorou a chegar.
Mas arrastão é assim: depois do tumulto, todo mundo dispersa.
Quem roubou, faturou e vai embora.
Apesar da minha assumida falta de amplitude no debate sobre segurança pública, duas coisas me chamaram a atenção, como freqüentador, no RecBeat.
A primeira é que, apesar do histórico da área, o policiamento repressivo é pouco.
Se todos os anos acontecem incidentes semelhantes, inocentemente presumo que seria melhor colocar PMs de fato nessa região.
Talvez, até, um daqueles postos pequenos de observação.
Só não fomos assaltados - éramos um grupo de quatro pessoas - porque percebemos a movimentação de um grande grupo de, arrisco, 20 pessoas, entre elas muitas mulheres, todos na faixa dos 15 aos 20 anos.
Deu para ver à distância esse pessoal se movimentando.
A segunda questão é a iluminação.
Depois de tudo que já foi exposto, não compreendo o porquê de apagar os postes entre o palco (ao lado da Livraria Cultura) e a Tenda Eletrônica (localizada antes do Paço Alfândega).