Identidade cultural Por Isaltino Nascimento Terça-feira de Carnaval.

Apoteose da festa que aqui é espontânea, multicultural, rica de sons e ritmos.

Dia em que para muitos é triste pensar que a folia momesca já está chegando ao fim.

Então, melhor que isso é celebrar.

Seja no Recife, em Olinda ou em qualquer outra cidade pernambucana.

Do jeito que sabemos, com alegria, diversidade, sonoridade.

Ao som do frevo ou acompanhando o baque do maracatu…

No ritmo dos caboclinhos, do samba, dos afoxés, do manguebeat…

Como bem diz Marambá e Aníbal Portela na música “Evoé, Evoé”: “Carnaval como se faz/Nesta bela capital (e também no interior, acrescento)/ Vale a pena se ver/Pois é bom de doer”.

Assim, a ordem do dia é cair no passo!

Afinal, temos o Carnaval como a maior chancela de nossa identidade cultural.

E nele exploramos nossas fantasias, nossa riqueza cultural, nossa pluralidade, nossa diversidade étnica.

Fazemos folia na rua, democrática… sem precedentes.

O mosaico de tradições carnavalescas é imenso.

E não é novidade a um pernambucano falarmos disto.

Mas não nos cansamos de exaltar.

E de ver e admirar os passistas de frevo, o cortejo dos maracatus, as tribos de caboclinhos, as la ursas, os cavalos marinhos, os papangus, os caretas, os bois, os caiporas… tantos outros, que colorem o Estado de ponta a ponta.

De Petrolina a Recife não falta diversão, magia, folia.

Das agremiações, dos blocos, das troças, dos cortejos.

De tanta gente que se mistura em uma alegria estonteante, cheia de luz, cor e movimento.

Que mais falar do Carnaval de Pernambuco?

O melhor é vivê-lo, seti-lo, ouví-lo, curtí-lo.

E propagar aos mil ventos toda a sua originalidade, beleza, genuidade, tradição.

Que vem de longe, histórico, místico.

Dos portugueses, dos escravos, dos índios.

Numa mistura que aqui transformamos em pura emoção.

Por isto tudo nosso Carnaval é um grande acontecimento.

Que ecoa aos quatro cantos e conquista tanta gente mundo afora.

No qual a fantasia é o tema, a alegria o emblema e onde o riso acontece.

Então, mais uma vez, a ordem é brincar.

Com paz, com respeito aos demais, como sabemos fazer.

Conservando um patrimônio imaterial que diz muito de todos nós.

PS: Isaltino Nascimento (www.isaltinopt.com.br), deputado estadual pelo PT e líder do governo na Assembléia Legislativa, escreve para o Blog todas às terças-feiras.