Da coluna Outro Canal Na Folha de S.Paulo desta terça (5) A novidade do Carnaval deste ano na TV foi a abertura de espaço, pela Band, para as manifestações populares de Pernambuco.
Depois de 15 anos de exclusividade a Salvador, finalmente a Band cedeu aos apelos do governo pernambucano, comprador de uma cota de patrocínio (R$ 8,5 milhões na tabela).
Houve protestos na Bahia.
Diante do “glass studio” da Band em Barra-Ondina (Salvador), o músico Alexandre Peixe disse ao vivo e em rede nacional que estava “indignado” porque a emissora não transmite mais de Campo Grande - outro ponto de concentração de trios elétricos baianos.
Não é bem assim.
A Band continua em Campo Grande, mas mostra pouco, porque agora tem de revezar Salvador com Olinda e Recife.
E o áudio em Campo Grande é péssimo.
Parece pirata.
A Band apanhou para transmitir o Carnaval pernambucano, muito diferente do soteropolitano, no qual já tem know-how de cobertura.
Em Olinda, os blocos não têm caminhão de som, o que prejudica a captação de áudio.
Os foliões apenas vão e voltam, o que não tem a menor graça na TV.
Em Recife, a emissora se postou diante do palco do maior pólo carnavalesco da cidade.
Exibiu de shows de artistas consagrados a apresentações folclóricas.
Mas a iluminação e captação de áudio ainda têm muito o que melhorar.