Da Agência Brasil Durante o carnaval, a moradora Sheila Lima lava a porta de casa todas as noites. “Os foliões se escoram na porta e fazem xixi.
Se eu não puxar o capacho ele encharca todo, porque a poça entra pra dentro da minha sala”, conta.
Há 170 banheiros químicos, espalhados por 16 pontos da folia, para atender a 300 mil pessoas.
São cerca de 1,7 mil foliões para cada banheiro.
A coordenadora de Carnaval da prefeitura, Edvânia Vieira, garante que o número é suficiente. “As pessoas fazem xixi na rua porque acham que o banheiro químico não é bem cuidado”, diz. “Não têm a noção de que são usados produtos específicos para evitar bactérias.” Segundo ela, a decisão sobre quantos banheiros espalhar pela cidade vem da experiência de outros carnavais e não de quantas unidades são necessárias para atender determinado número de pessoas.
Para dar conta de limpar as ladeiras da cidade, os 350 homens do serviço de limpeza urbana começam o trabalho às 5 da manhã.
Depois de varrer e retirar o lixo, oito caminhões-pipa com 6 mil litros de água cada lavam as ruas.
Para finalizar, por volta de 9 horas, 32 pulverizadores jogam essência de eucalipto nas ladeiras de pedra para vencer o mau cheiro deixado pelos foliões, antes que mais um dia de carnaval comece.