Da Agência Brasil O ministro do Esporte, Orlando Silva, resolveu devolver o dinheiro usado em sua pasta a partir do uso de cartão corporativo. “Decidi recolher aos cofres públicos todo o dinheiro utilizado no cartão corporativo desde que assumi o Ministério do Esporte”, declarou, numa coletiva em um hotel em São Paulo.
O ministro do Esporte exibiu carta que relatou ter enviado ao seu gerente no Banco do Brasil pedindo que debite de sua conta e repasse ao Tesouro Nacional R$ 30.870,38, que corresponderiam a seus gastos nessa modalidade em 2006 e 2007.
Ressalvou que foram somente despesas, e não saques, e que a maior parte se destinou a pagamento de hospedagem.
Disse também que repassará todos os comprovantes de gastos à Controladoria-Geral da União (CGU).
Orlando Silva foi o terceiro da lista de ministros que mais gastaram com cartão corporativo no ano passado.
Sua despesa somou R$ 20.112, para pagamento de diárias e alimentação durante viagens oficiais, segundo a assessoria do ministério.
Silva foi citado como um dos três primeiros que terão os gastos com cartão investigados pelo Ministério Público Federal (MPF).
Os outros dois são o ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, e a ex-ministra de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que pediu demissão ontem.
Os gastos de Matilde somaram R$ 171 mil.
Os de Gregolin, R$ 22.652,65.
No total, o governo desembolsou R$ 75 milhões em 2007 com esse tipo de despesa.
Segundo o procurador da República no Distrito Federal responsável pela condução do inquérito instaurado no dia 24 sobre o caso, Carlos Henrique Martins, as investigações serão ampliadas à medida que surgirem novas suspeitas.
Ontem (1º) foi publicado o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva restringindo o uso dos cartões e das contas de suprimentos de fundos, conhecidas como contas de tipo B.