Do Comunique-se Em meio à polêmica envolvendo gastos dos ministérios do governo Lula com cartões corporativos – principalmente os gastos dos cartões corporativos pessoais –, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, decidiu acabar com o cartão que utilizou no último ano.
A pasta comandada pelo jornalista gastou R$ 281 mil no cartão corporativo.
O número alto assusta mas inclui gastos da Agência Nacional de Telecomunicações – de R$ 234 mil.
O ministério gastou R$ 47 mil.
Existem dois tipos de cartão.
Um pessoal, exclusivo para Hélio Costa – que será cancelado -, e um institucional, para gastos como reformas emergenciais necessárias ao gabinete.
No ano passado, o ministro gastou com o primeiro R$ 1.918,40.
A assessoria informa que a despesa incluiu diária de hotel, serviço de bordo em jatinhos da FAB e saques.
O Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União, mostra que quatro auxiliares tinham autorização de usar os cartões.
Constam os nomes de Francisco Cavalcanti, Francisco Silva, José Flávio Lima e Santiago Guedes.
Uma fonte ligada ao ministro contou que Hélio Costa prefere tirar do próprio bolso para pagar algumas despesas a se chatear com informações sobre os gastos dos cartões.
Daí a decisão de acabar com um deles.
Esta semana, o governo anunciou medidas para tornar mais transparentes os gastos com cartões de crédito corporativos.
Além de restringir saques em dinheiro, ele reforçou a utilização dos cartões para pagar despesas menores e serviços que não exijam licitação, no valor máximo de R$ 8 mil.
A decisão foi tomada pelas suspeitas envolvendo a ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que gastou com o seu cartão corporativo pessoal R$ 171.500 em 2007, 118 mil deles só em locadoras de automóveis.
Matilde pediu demissão nesta sexta-feira (01/02).
A reportagem não conseguiu localizar a Anatel, para comentar os gastos.