Brasília - Na opinião do vice-presidente do Democratas, deputado José Carlos Aleluia (BA), há uma clara manobra diversionista do governo Luiz Inácio Lula da Silva para mais uma vez poupar o presidente da República dos escândalos de corrupção que assolam o governo federal.
A ministra Matilde Ribeiro, diz, não é o problema. “Quantos ministros e outros auxiliares foram expelidos do governo nestes cinco anos?
A corrupção foi reduzida com o afastamento dessas pessoas?
Pelo contrário, o assalto ao erário continua da forma mais acintosa.
E não há indícios de que a bandalheira vá ser barrada, porque os aloprados deixam a máquina pública sob aplausos.
O presidente Lula os considera inocentes, mesmo denunciados e processados pelo Supremo Tribunal Federal”, observa Aleluia.
O que esconde o comportamento do presidente petista?
No mínimo, Lula é refém de seus companheiros, como, alias, sugerem recentes declarações de José Dirceu e Delúbio Soares, este em depoimento à polícia. “A saída de Benedita, Dirceu, Waldomiro, Palocci, Gushiken, Humberto Costa não interrompeu as falcatruas.
Entram novos aloprados e o crime continua.
Lula deve uma explicação ao povo brasileiro”, provoca Aleluia.
O caso dos cartões corporativos é apenas uma perna do assalto ao dinheiro público, a considerar a extensa relação de crimes cometidos contra o erário. “A ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, é a bola da vez.
Foi sacrificada, como se fosse a única culpada pelos desmandos lulistas.
Aparece sempre alguém para sacrificar-se ou ser jogado às feras.
Desde que o responsável maior seja preservado”, diz Aleluia.
O líder democrata não vê saída ética para esse governo, enquanto Lula for presidente. “Cabe aos brasileiros entenderem que o Brasil é um país em formação e que carece de alguém preparado e sério para governá-lo.
Dois mil e dez está próximo. É a oportunidade de o eleitor corrigir o equívoco Lula”, adverte Aleluia.