Logo no início da manhã desta sexta-feira (01.02.08), a assessoria jurídica da chapa 3 (“Ação com Compromisso”) deu entrada na Justica no pedido de cancelamento da eleição ocorrida ontem (31.01.08) para a escolha dos novos dirigentes da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados da PMPE e BMPE (ACS), para o triênio 2008/2011.
Os advogados também pediram o afastamento da Comissão de Processo Eleitoral.
A decisão foi tomada na noite de ontem, depois da constatação de \diversas irregularidades, que vieram prejudicar o bom andamento do pleito, segundo dizem.
Entre as irregularidades apontadas por Gezi Gomes, candidato à presidência da ACS pela chapa 3, está a não disponibilização de urnas nos quartéis e batalhões da Polícia Militar para que os soldados e cabos pudessem exercer o direito de voto.
Em diversos locais de votação, a exemplo do Quartel do Derby, Bptran, 19º Batalhão (Ipsep), 6º Batalhão (Prazeres) e CPRv, a votação começou com mais de três horas de atraso.
As primeiras urnas só chegaram depois das 11h. “A atual diretoria, que apóia a chapa 1, fez de tudo para que o pleito não ocorresse e não mediu esforços para tentar nos prejudicar”, denunciou Gezi Gomes, acrescentando que no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), em Paudalho, os eleitores não puderam votar por conta da falta de urna e da relação de eleitores aptos a participar do pleito.
Naquele município, localizado fora da Região Metropolitana, a votação ocorreria até às 13h. “Às 12h25 a urna ainda não havia chegado ao local e não tinha nenhum representante da comissão eleitoral presente”, denunciou Gezi.
De acorco com a chapa, a falta de urnas e da relação de eleitrores também foi reclamada por soldados e cabos em vários municípios do Interior do Estado, onde a eleição deveria ocorrer das 8h às 13h. “Em muitos locais as urnas só chegaram menos de uma horas antes do encerramento da votação.
Era uma ação clara para nos prejudicar”, complementa o candidato da chapa 3.
A chapa 3 também alega ter sido prejudicada pela Comissão de Processo Eleitoral, indicada pelo comando da ACS, que suspendeu a votação e pediu a impugnação das urnas instaladas no Batalhão de Choque, no 6º Batalhão (Prazeres) e no 19º Batalhão (Ipsep). “A ação ocorreu porque nessas sessões somos reconhecidamente majoritários”.
No Batalhão de Radio Patrulha foi denunciado que, no início da manhã de ontem, os praças (soldados e cabos) foram “intimados” por alguns oficiais a votarem na Chapa 2 que, de acordo com Gezi, “é linha auxiliar” da atual direção da ACS.
Ou seja: a votação acabou, mas o rolo continua na PM.