O secretário de Planejamento Participativo da PCR João da Costa, nome do prefeito João Paulo para a sucessão municipal, disse agora à noite ao Blog que a saída de Maurício Rands e Pedro Eugênio da disputa interna pela definição do candidato foi um passo importante para o partido recompor sua unidade.

Integrante do Campo de Esquerda Unificado (CEU), como o prefeito, João da Costa acredita que tem tempo suficiente para reconstruir o diálogo com a Unidade na Luta, grupo de Humberto Costa.

E, assim, levar a militância petista unida para as ruas.

Confira os principais trechos da conversa.

MILITÂNCIA DIVIDIDA “Ainda estamos em um momento de muita tensão.

A emoção fala mais alto.

Mas tenho certeza de que todos os militantes da Unidade na Luta querem que o partido e a nossa frente continuem dirigindo os destinos do Recife”. “Quando a nossa base social se envolver na campanha, sei que todos estarão juntos pela vitória.

Temos muito tempo ainda (para recompor a unidade e sanar as feridas)”.

PESO DO CANDIDATO “Tanto quanto as outras pré-candidaturas, a nossa tem competitividade.

Mas eleição não depende só do candidato.

Depende de vários fatores.

O modelo de gestão vai pesar muito: o diálogo com a sociedade , as prioridades…” CRÍTICAS DE RANDS AO “PADRÃO GERENCIAL” DE JOÃO PAULO “A população, na sua grande maioria, tem visão muito positiva do prefeito.

Quase 80% de aprovação.” “A gestão é moderna, prepara a infra-estrutura da cidade para um novo tempo; Antenada com as mudanças culturais no mundo, cosmopolita.

O prefeito viajou para a China, a Índia…Tem um processo de participação popular muito forte.

Não conheço nenhuma gestão, no Brasil, que tenha o mesmo grau de participação que a nossa”. “O deputado Maurício Rands pode ter dito isso (as críticas ao modelo da PCR, que chegou a classificar como ultrapassado) querendo contribuir no aspecto gerencial”. “Temos que mostrar a ele e convencê-lo que um processo gerencial em uma cidade do tamanho do Recife, com os seus desafios, vai além do aspecto técnico, administrativo.” “Cabe à gente mostrar a ele que nosso caminho é correto.

Como diz João Paulo, as críticas são instrumentos científicos de trabalho”.

CONVERSAS COM OUTRAS CORRENTES E ALIADOS “Defendemos desde o início a unidade das esquerdas.

O processo (de diálogo) será trabalhado junto com o diretório municipal e o prefeito.

O partido é o instrumento para unir todas as correntes internas.

A UL e o CEU são majoritárias mas não são as únicas”. “Não tem ainda nenhuma conversa agendada (com aliados).

Vamos brincar o carnaval e esfriar a cabeça”.

PROJETO DE JOÃO PAULO PARA 2010 “O prefeito tem projeto para 2008.

Dois mil e dez é um cenário que a gente só vai conhecer daqui a dois anos.

Mas não podemos negar a liderança popular e política expressiva que ele tem.

Não só ele, como Humberto, Armando, Eduardo.”