A prefeita de Olinda, Luciana Santos (PCdo B), disse agora à noite que só depois do Carnaval devem ser iniciadas as conversas com os partidos aliados para se definir o candidato à sua sucessão.

Mas reafirmou que o deputado federal Renildo calheiros, do seu partido, tem a sua preferência para a disputa. “Nessa fase é natural que as forças do nosso campo apresentem alternativas”, afirmou. “Mas temos de lutar contra a dispersão”, ponderou, pouco antes da cerimônia de transferência simbólica da sede do governo do Estado para Olinda, que aconteceu na noite desta sexta (25) no Fortim, com a presença do governador Eduardo Campos.

Luciana destacou que o alinhamento das chamadas forças de esquerda nos níveis federal, estadual e municipal criam um momento diferenciado para Olinda, exigindo uma atenção redobrada para não se perder o comando do município. “Olinda tem a maior captação per capta de recursos para infra-estrutura urbana (através do PAC)”, ressaltou. “A hora é de ter muito juízo”, afirmou.

A prefeita foi clara sobre o seu desejo. “O partido (PCdoB) tem uma preferência e eu também pela candidatura de Renildo”, contou.

Para ela, Recife e Olinda apresentam contextos eleitorais diferentes, o que justificaria a aplicação de estratégias de campanha também distintas nos dois municípios.

Enquanto no Recife, o PCdoB defende que os diferentes partidos alinhados à esquerda lancem candidaturas próprias no primeiro turno - caso do vice-prefeito Luciano Siqueira - em Olinda, a sigla prega a unidade. “São realidades diferentes”, avaliou Luciana. “Em Olinda, as candidaturas de direita não têm a mesma força que no Recife.

Jacilda (Urquisa, ex-prefeita, PMDB) sequer conseguiu se eleger deputada estadual em 2006”, disse.

Na semana que está terminando, os petistas Paulo Valença (vice-prefeito de Olinda) e Teresa Leitão (deputada estadual) se colocaram como alternativas à sucessão de Luciana e até fizeram críticas à administração da prefeita.

Daquia pouco, mais sucessão municipal em Olinda e no Recife.