O governador Eduardo Campos (PSB) negou agora à noite, durante a abertura oficial do Carnaval de Pernambuco, no Fortim de Olinda, que a decisão do Governo do Estado de bancar uma programação própria para a festa tenha causado algum mal-estar com a Prefeitura do Recife, como vinha se especulando. “Carnaval não tem partido. É feito pelo povo”, disse ele ao voltar de um perído de 12 dias de férias, vestindo uma camisa com estampas bem carnavalescas.
O chamado “Carnaval de Todos” terá pólos de animação em oito cidades do Sertão, Agreste e Zona da Mata.
Olinda recebeu dois palcos, já que o Recife abdicou do seu.
Oficialmente, a PCR justificou que a estrutura, a ser montada na Rua da Aurora, atrapalharia o esquema de trânsito definido para a área.
Nos bastidores, soube-se que a decisão do governo de ter a sua programação própria causou ciumeira na prefeitura. “Queremos mostrar no Recife e em Olinda, as riquezas do carnaval do interior”, destacou Eduardo, ao lado da primeira-dama Renata e do filho João - o segundo mais velho.
A solenidade festiva foi acompanhada por diversos secretários e prefeitos das cidades onde o Governo do Estado terá pólos de animação.
Até o ex-secretário de Turismo José Chaves compareceu. “Esse é o processo carnavalesco. É o processo das mudanças.
Não somos conservadores, temos que estar sempre mudando”, divertiu-se, falando sobre a transferência da sede do governo do Estado para Olinda. É que, no mesmo ato em que abriu oficialmente o Carnaval, o governador assinou o decreto transferindo a sede do Governo para o município, em comemoração à Restauração Pernambucana - marcada pela expulsão definitiva dos holandeses em 27 de janeiro de 1654, depois de 24 anos de ocupação.
Mais, em instantes.