Marcadas para o dia 31 deste mês, as eleições para a direção da Associação de Cabos e Soldados da Polícia e Bombeiro Militar de Pernambuco (ACS) começam a esquentar o ambiente que envolve a classe, com críticas de parte a parte entre as três chapas inscritas para a disputa.
A 1 (Unidos continuaremos fortes) é a da situação, apoiada pelo deputado estadual Soldado Moisés (PSB), coordenador licenciado da entidade.
A 2 (Renovação com seriedade), dos soldados do Batalhão de Radiopatrulha Albérisson Carlos e Nadelson Costa faz oposição cerrada aos atuais dirigentes.
A 3 (Ação com Compromisso), teria o suporte do também deputado Alberto Feitosa (PR), vice-líder do governo na Assembléia Legislativa. “Essa é a primeira eleição democrática e aberta em 12 anos de existência da Associação”, afirma o candidato a coordenador da ACS pela chapa 2 Albérisson Carlos, que visitou o Blog na tarde desta quarta (23), ao lado do candidado a vice Nadelson Costa. “Antes não havia divulgação.
Apenas se publicavam anúncios de letra miúda nos jornais e ninguém ficava sabendo”, diz.
Segundo ele, foi dessa maneira que o Soldado Moisés e seu grupo sempre conseguiram se manter no poder. “Moisés tinha muito carisma na tropa, mas foi perdendo ao longo do tempo por tudo aquilo que dizia que ia fazer e não fez”, bate o candidato da chapa 2.
Albérisson Carlos reconhece que sua própria candidatura vem sendo acusada de representar os oficiais da PM.
Sim, porque apesar dos 12,6 mil associados da ACS serem majoritariamente cabos e soldados, a entidade também aceita oficiais no quadro de sócios. “Nossos adversários dizem que nossa chapa é dos oficiais.
E os oficiais não são nossos inimigos, não.
Mas dizer que estamos sendo bancados por eles não é verdade”, defende-se o candidato. “A ACS tem perdido a legitimidade e virou quintal de política partidária”, avalia Albérisson. “Mas o objetivo de nossa campanha não é bater na situação, e sim apresentar propostas”, assegura.
PROGRAMA A Chapa 2 tem uma extensa lista de proposições nas áreas social, habitacional, de lazer e entretenimento, jurídica, educacional, profissional e de saúde.
Entre elas estão, por exemplo, a contratação de advogados especializados para prestar um melhor atendimento jurídico aos PMs envolvidos em processos e a revisão da atual lei de promoções.
Albérisson Carlos também quer ver regulamentada a extensão da jornada de trabalho. “O PM está super-estressado e é cada vez mais alto o índice de alcoolismo na tropa, por exemplo”, garante.
Ele destaca, ainda, a intenção de criar diretorias regionais da ACS em nove cidades do interior para deixar a entidade mais próxima da classe.
No dia 31, cada batalhão do Grande Recife e do interior terá sua urna.
Na capital, a votação vai das 8 às 17h.
No interior, das 8h às 13h.