O capitão PM Vladimir Assis tem toda a legimitidade para falar sobre a categoria que representa como presidente da Associação dos Oficiais, Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar de Pernambuco.
Sua opinião, por representativa, sempre tem espaço aqui no Blog.
Dito isto, é preciso considerar que ele exagera quando afirma que, ao suspender os cinco alunos de formação do curso de PM suspeitos de envolvimento na morte do garoto Dênis dos Santos, o governo do Estado tenha desautorizado e causado insegurança na tropa.
A SDS agiu corretamente.
Pode até ter cedido a pressões de entidades como a OAB - o que, no caso, não é demérito algum.
Mas não condenou ninguém.
De posse de indícios considerados fortes, impediu que os cinco suspeitos fossem incorporados à PM, o que não quer dizer que não venham a ser mais tarde.
Claro que num ambiente violento, onde muitas pessoas brigam, como é fácil acontecer numa prévia carnavalesca, torna-se legítimo que os policiais militares atuem com vigor.
Usem a força mesmo.
Isso não quer dizer, no entanto, dar carta branca para se matar ninguém.
Faz parte da formação do PM - ou pelo menos deveria fazer - saber dosar essa força para manter a ordem sem passar por cima da lei ou dos direitos das pessoas.
E o direito à vida é o principal deles.
Se a medida tomada pela SDS “é falsa e engana as pessoas”, como afirma Assis, isso só vamos saber quando as investigações estiverem concluídas.
Leia os argumentos do capitão Vladimir Assis aqui.