Do MPPE Os trios elétricos incluídos na programação do Galo da Madrugada serão previamente vistoriados por todos os órgãos fiscalizadores com competência para a tarefa, como Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Batalhão de Trânsito, Vigilância Sanitária e Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).

A medida foi solicitada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na manhã desta terça-feira (22), durante reunião sobre o funcionamento da Justiça do Folião.

De acordo com o promotor de Justiça Aguinaldo Fenelon, a direção do bloco ficará responsável por cobrar dos trios a apresentação de toda a documentação atestando a regularidade dos veículos.

A solicitação já estava programada pelo MPPE, mas sua necessidade foi reforçada depois do acidente no último final de semana em que um trio elétrico desgovernado atropelou e feriu oito foliões em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. “O cuidado é necessário para garantir a segurança de quem vai ao Galo lembrando que, em caso de acidente, o próprio bloco pode ser responsabilizado caso não tenha cobrado a regularidade dos trios”, afirmou Aguinaldo Fenelon.

O bloco, considerado o maior do mundo, reúne mais de um milhão de pessoas nas ruas centrais do Recife no Sábado de Zé Pereira, que este ano cai no dia 2 de fevereiro.

Mais de 50 pessoas participaram da reunião para dar continuidade à organização da Justiça do Folião - uma iniciativa inédita que levará juízes, promotores e defensores públicos ao Galo da Madrugada para punir, na hora, quem for detido infringindo a Lei.

A Justiça do Folião vai funcionar das 10h às 19h no prédio da Secretaria de Educação (Rua Siqueira Campos, por trás dos Correios) e na Rua São João, 504 (bairro de São José) com toda a estrutura necessária para que a sentença contra os infratores e criminosos seja homologada de imediato.

A iniciativa, idealizada pelo Ministério Público de Pernambuco, tem a parceria do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Defensoria Pública, polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Defesa Social e órgãos municipais de segurança e trânsito em sua organização. “Conseguimos fechar o ciclo de segurança com a participação do judiciário e do Ministério Público no evento, o que é uma quebra de paradigma que resulta no respeito à dignidade da pessoa humana”, afirmou o coordenador dos juizados especiais, juiz Luiz Mário Moutinho.

Vão trabalhar na Justiça do Folião sete juízes de direito, sete promotores de justiça e quatro defensores públicos.

O Tribunal de Justiça vai disponibilizar, ainda, 20 serventuários e 30 computadores para o trabalho nos dois pontos onde funcionará a Justiça do Folião.