Duas cidades pernambucanas, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, estão entre os exemplos de municípios brasileiros que a revista Veja relaciona em reportagem de sua mais recente edição apontando que o interior está deixando de ser alternativa para quem quer fuguir da violência nas capitais.
A taxa anual de homicídios em Caruaru é de 65,5 por 100 mil habitantes, 21% superior à de 1997.
No caso de Santa Cruz do Capibaribe, o índice teria crescido 69% nos últimos dez anos.
A reportagem tomou como base o “Mapa das morte por violência” e o “Mapa da violência dos municípios brasileiros”, estudos elaborados pelo sociólogo Julio Waiselfisz e divulgados no final do ano passado.
Segundo os levantamentos, enquanto nas capitais a taxa de homicídio viria se mantendo mais ou menos inalterada, no interior ela estaria em trajetória ascendente há mais ou menos uma década. “O crescimento da taxa de homicídios nas regiões metropolitanas despencou de 6,1% (média registrada entre 1994 e 1999) para 0% (de 1999 a 2004).
Enquanto isso, o índice de assassinatos no interior subiu, na média, quase 5% entre os anos de 1999 e 2004”, diz um trecho da matéria.
De acordo com a Veja, a queda no número de assassinatos nas capitais deve-se, em boa parte, à criação, em 2000, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Capitais e regiões metropolitanas acabaram recebendo mais recursos do que as cidades do interior para investir em inteligência e equipar e treinar melhor seus policiais.
Por outro lado, a interiorização da violência pode ser creditada, também em parte, ao fato de que, nos últimos anos, muitos municípios do interior tiveram crescimento importante de sua economia e atraíram maiores contigentes populacionais.
Mas não tiveram investimentos proporcionais em segurança.
Caso de Caruaru e Santa Cruz.
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