Em entrevista ao Blog de Jamildo, o jurista José Paulo Cavalcanti Fillho criticou a prisão dos dois kombeiros acusados pela morte das garotas Tarsila e Maria Eduarda, em Ipojuca. “Independentemente de serem culpados ou inocentes, a prisão dos kombeiros quebra todas as garantias constitucionais em nosso Estado”, observa. “É um escândalo policial”.
A prisão foi pedida pelo Ministério Público do Estado, nesta semana.
Não houve qualquer contestação pela mídia ou por entidades de classe, como a OAB, por exemplo.
O único que reclamou da prisão foi o promotor Miguel Sales, que cuidava do caso há cinco anos e foi afastado pelo MPPE, sob a alegação de estar buscando dividendos políticos em Ipojuca. “Existem três hipóteses em que eles poderiam ser presos e nenhuma delas me parece que tenha ocorrido.
A primeira é constranger testemunhas.
Depois de quase dez anos, não se ouvir falar em nada disto.
A segunda hipótese é a possibilidade deles se evadirem.
Estão na mesma profissão e no mesmo endereço.
Depois, por último, seria o clamor público.
Não tem nenhum”, observa.
O assassinato das jovens, como se vê, ainda vai dar muito o que falar.
Nas páginas dos jornais, já ficou evidente o acerto de contas interno do MP.
Vamos ver onde vai parar.