Do site do MPPE O Conselho Superior do Ministério Público de Pernambuco recomendou ao procurador-geral de justiça em exercício, Itabira de Brito Filho, o afastamento imediato do promotor Miguel Sales do Caso Serrambi.
O Conselho também decidiu, por unanimidade, recomendar à Corregedoria Geral do Ministério Público a instauração de um processo administrativo disciplinar contra o promotor.
As providências necessárias para oficializar o afastamento já estão sendo tomadas pelo procurador-geral em exercício, Itabira de Brito Filho.
A decisão do órgão foi tomada na tarde desta quinta-feira (17) a partir da informação de que o promotor havia ingressado com pedido de revogação de prisão preventiva contra os irmãos Marcelo José de Lira e Valfrido Lira da Silva.
A atitude de Sales contrariou a decisão dos dois outros promotores designados para o chamado Caso Serrambi, Salomão Abdo Aziz Filho e Ricardo Lapenda.
Os três atuaram em conjunto na análise do último inquérito encaminhado pela Polícia Civil ao MPPE.
Lapenda e Aziz Filho encontraram indícios suficientes para denunciar os irmãos Marcelo e Valfrido por homicídio duplamente qualificado e tentativa de estupro e, ainda, solicitar a prisão preventiva de ambos considerando que eles poderiam atrapalhar o andamento do processo.
Os promotores queriam eliminar o risco de que os réus pudessem convencer as testemunhas a mudar de depoimento, como já aconteceu anteriormente.
Não concordando com a opinião dos colegas, Sales preferiu não assinar a denúncia e, por conta própria, ingressou com pedido de revogação de prisão na comarca de Ipojuca.
O Conselho Superior do Ministério Público é um órgão formado por nove procuradores de Justiça, sendo sete eleitos a cada dois anos pelos membros do MPPE, além da corregedora-geral e do procurador-geral de Justiça, que são membros natos.
Participaram da reunião que decidiu pelo afastamento e abertura de procedimento administrativo contra o promotor os procuradores de Justiça Nilton de Araújo Barbosa (no exercício da presidência), Eleonora de Souza Luna, Renato da Silva Filho, Antônio Carlos de Oliveira Cavalcanti, Gilson de Melo Barbosa (todos titulares do Conselho), Luiz Diogo Filho e Nelma Quaiotti (suplentes), além da corregedora, Janeide Oliveira de Lima.
PS: a entrevista cobrada pelo internauta em post abaixo já foi feita ontem.
Sales não quer mais falar sobre o assunto.
Quanto ao jornalismo investigativo, neste caso, podem esquecer… toda a imprensa de policia deste estado apurou o caso e nunca conseguiu provar nada… depois, se até um presidente americano leva uma bala na cabeça, na frente das câmaras de TV de todo o mundo e até hoje há dúvidase versões sobre os fatos, imagine nesta província.
Nunca saberemos a verdade, quer os kombeiros sejam culpados ou não.
Continuamos acompanhando.