Da Folha Online A geração de empregos formais em 2007 chegou ao maior patamar já registrado pelo Ministério do Trabalho.
No ano passado, o saldo entre admissões e demissões ficou em 1.617.392, número 31,62 % superior ao saldo de 2006, de 1.228.686 de vagas, e também acima do recorde anterior, de 2004 (1.526.276).
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que reúne as informações dos trabalhadores contratados sob o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas exclui os trabalhadores domésticos.
Ao todo, o ano passado terminou com 29.281.974 de pessoas com registro em carteira de trabalho.
O setor que mais emprega formalmente hoje é o de serviços, com 11,683 milhões de vagas.
O Ministério do Trabalho atribui isso ao dinamismo do desempenho da economia.
O setor que mais gerou empregos no acumulado do ano foi o de serviços, com 587.103 novos postos de trabalho.
Já o comércio apresentou 405.091 novos postos com carteira assinada, e a indústria de transformação, 394.584 vagas.
A construção civil e a agropecuária foram setores que tiveram uma criação de empregos formais menos intensa, respectivamente com 176.755 e 21.093 registros em carteira. “2008, para mim, vai ser um ano melhor que 2007.
O PIB vai crescer mais de 5% e a geração de empregos vai ficar e torno de 1,8 milhão de novos postos de trabalho, podendo chegar a 2 milhões”, afirmou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Ele ressaltou o crescimento dos investimentos estrangeiros no país, inclusive de pessoas físicas no Nordeste.
Segundo ele, essa é uma das razões para o desempenho do setor de serviços.
Além disso, de acordo com Lupi, o setor de construção será beneficiado pelo aumento de recursos no Orçamento do FGTS.
Segundo dados divulgados hoje pela (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), o financiamento da casa própria com recursos da poupança atingiu R$ 18,302 bilhões e 195.981 unidades em 2007, no maior patamar registrado há 19 anos, de 181,8 mil imóveis em 1988.
Considerando apenas dezembro, o saldo entre admissões e demissões ficou negativo, o que já era esperado.
Os desligamentos superaram as contratações em 319.414.
O setor que mais demitiu foi a indústria de transformação (142.972), sendo que esses desligamentos ficaram concentrados nas empresas do setor de alimentos e bebidas, que produzem intensamente para as festas de final de ano e depois desaceleram os estoques de produção.