O prefeito João Paulo voltou atrás na sua tentativa de construir o consenso dentro do PT em torno do nome que vai concorrer a sua sucessão em outubro.
E na reunião da próxima sexta (18) com o secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, vai defender a realização de prévias dentro do partido. “No clima de acirramento a que se chegou, não há mais condição de se construir o consenso”, disse o prefeito agora há pouco em um evento do Programa de Saúde da Família (PSF) no bairro de Jardim São Paulo.
Com a decisão, João Paulo cede às pressões da Unidade na Luta (UL), grupo liderado no Estado por Humberto Costa, que vem defendendo as prévias como alternativa para se definir a escolha do nome do PT.
O prefeito disse que se definiu pelas prévias, principalmente em função de declarações do deputado federal Maurício Rands, integrante da UL e pré-candidato à prefeitura.
Rands afirmou, por exemplo, que é nula a possibilidade de retirar sua candidatura até a reunião do dia 18.
Também disse que, como coordenador do processo sucessório, João Paulo não poderia ter preferência - no caso, o secretário de orçamento e Planejamento participativo, João da Costa.
Mas o que deve ter batido mais fundo foi a avaliação do deputado de que, apesar de estar entre os três prefeitos mais populares do País, a administração do PT no Recife (leia-se João Paulo) tem uma padrão gerencial ultrapassado.
Com informações de Joana Rozowikiwyat, do JC. (Atualizada às 17h47)