O Grupo espanhol Celsa, que adquiriu a siderúrgica Añón em 2007, renovou, nesta quarta-feira, durante encontro com João Lyra Neto, o protocolo de entendimentos assinado na Espanha em fevereiro do ano passado para a implantação de uma usina siderúrgica voltada para a produção de aços longos em Suape.
O governador em exercício recebeu, no Palácio do Campo das Princesas, o presidente e CEO do Grupo, Francisco Rubiralta, o diretor Juan Puiggalli, Jesús García Rojo, presidente da CIP consultores internacionais e outros integrantes da comitiva espanhola.
João Lyra mostrou-se otimista com a renovação do compromisso firmado entre o Governo do Estado e o grupo catalão: “Pernambuco vai oferecer todas as condições para que a siderúrgica se instale no Estado.
Somos o centro do Nordeste e Suape representa o porto mais indicado para que o Grupo Celsa possa implantar sua siderúrgica.
Pernambuco vai ganhar mais um grande investimento”, afirmou o governador em exercício.
Rubiralta afirmou que o compromisso de investir em Pernambuco está mantido: “Sim, nós estamos muito impressionados com o estado.
Pernambuco reúne grandes possibilidades de haver o investimento por parte do Grupo Celsa.
Estamos firmemente interessados por isso, assinamos o documento com o Governador”, explicou.
O novo documento revela que os planos da empresa de investir em Pernambuco foram reiterados e também ampliados.
Ao invés dos US$ 150 milhões que seriam investidos, o aporte de recursos agora chega aos US$ 400 milhões (cerca de R$ 698 milhões) e a planta, que ocuparia uma área de 70 hectares, ganhou mais 30ha de área na bifurcação da linha férrea do Porto. “A empresa reúne as condições de realizar esse investimento com recursos próprios, mas, um dos diferenciais de Pernambuco em relação aos outros estados é que os recursos podem ser financiados via Sudene ou outras fontes, como o BNDES e o BNB”, explicou Jenner Guimarães, presidente da AD/Diper.
A produção, estimada em 800 mil toneladas/ano no primeiro momento também deve crescer, passando para 1 milhão de toneladas/ano.
Com isso, o faturamento, que seria de cerca de US$ 400 milhões a cada ano, passa a ser estimado em US$ 700 milhões (mais de R$ 1 bilhão e 200 mil) por ano.
Só os incentivos fiscais que devem ser concedidos continuam os mesmos: redução de até 75% do ICMS por 12 anos, que pode, ainda, ser prorrogada por mais três anos. “Durante a construção, 250 trabalhadores devem estar empregados durante dois anos.
Quando começarmos a operara, iremos gerar 500 empregos diretos, mais os indiretos, que podem acrescentar três ou quatro vezes mais”, ilustrou o presidente do Celsa.