A Justiça parece que estava adivinhando a tragédia que ocorreu, no dia 09 de janeiro, em Araripina, onde um incêndio em uma das celas deixou dois presos mortos e catorze internados para tratamento no Hospital da Restauração.

Sem alarde, o Juiz da Comarca de Timbaúba determinou, desde o dia 02 de janeiro deste ano, a interdição da Cadeia Pública de Timbaúba, por falta de condições de funcionamento.

O responsável pela supervisão da cadeias públicas da região da mata norte (Carpina, Limoeiro e adjacências) já ligou para a Superintendência de Segurança Penitenciária (SSPen) da SERES informando sobre a iniciativa.

Graças à interdição, os 36 presos que estavam na referida cadeia pública serão encaminhados para o Presídio de Limoeiro, que já recolhe 942 detentos, quando fora construído para abrigar 426 em sua capacidade máxima.

Já se encontra, portanto, superlotado.

No Presídio de Limoeiro, a preocupação ainda é maior, pois, como nenhuma das Cadeias Públicas da região encontra-se em condições de funcionamento e as cadeias públicas da região da Mata Norte, a exceção da Cadeia de Carpina, não possuem sequer extintores de incêndio, pode haver à interdição de todas elas, num efeito em “cadeia” (com o perdão do trocadilho).

Essa hipótese começa a inquietar os funcionários do Presídio de Limoeiro por não haver mais espaço onde colocar tantos presos, sem que haja prejuízo à segurança.

O Presídio de Limoeiro corre o risco de se transformar rapidamente num novo Anibal Bruno.

Mas, com uma agravante: Com o Batalhão de Choque a duas horas de distância…