Do site da CGU Auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) aponta irregularidades em obras de duplicação do Sistema Adutor do Rio São Francisco, tocadas pela Construtora Gautama, em Sergipe.
De acordo com os fiscais da CGU, os contratos firmados entre a empreiteira e a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), levaram ao prejuízo total de R$ 78,4 milhões, em valores da época, e de R$ 178,7 milhões, em valores atualizados.
Após sucessivos aditamentos, a obra teve custo total de R$ 272,8 milhões e foi executada entre os anos de 1997 e 2006, com recursos do Ministério da Integração Nacional, Funasa, Ministério do Meio Ambiente e Governo de Sergipe.
Os maiores prejuízos se deram em decorrência da prática de sobrepreço na compra de tubulações, válvulas e acessórios (R$ 36,6 milhões, em valores da época) e dos reajustes, feitos sobre os valores já superfaturados, ao longo da execução do contrato (R$ 37 milhões, também em valores históricos).
Cobranças a maior por diversos itens de serviço, indenização indevida por prorrogação de prazo de entrega da obra, reajuste indevido no contrato e pagamento indevido de correção monetária completam o rol de prejuízos apurados pelos auditores da CGU.
As tubulações, válvulas e acessórios, de variadas especificações, custaram à Deso, em média, 2,3 vezes mais em relação ao preço de mercado, pago pela Gautama.