Do site www.deputadoaleluia.com.br BRASÍLIA - No início do primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Dilma Rousseff tomou decisões que estão levando ao apagão de energia que os petistas insistem em negar, apesar de todas as evidências, declarou o vice-presidente do Democratas, deputado José Carlos Aleluia (BA). “A senhora Rousseff suspendeu a construção da Usina Angra III; paralisou os trabalhos de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte; retardou em pelo menos quatro anos o avanço do Proinfra (programa de produção de energia renovável – biomassa, principalmente bagaço de cana, eólica, solar e pequenas centrais hidro elétricas); e permitiu o atraso de dois a três anos nas licitações das usinas hidrelétricas do Rio Madeira – a primeira delas só foi licitada com sucesso em dezembro último”, disse Aleluia.
Segundo o parlamentar, o governo, sob a batuta de Rousseff, promoveu leilões de energia flexível (reserva).
Esses leilões de energia derivada de petróleo forçou o consumidor brasileiro a comprar “usinas de péssima qualidade, econômica e ambiental, já instaladas e amortizadas, com energia emergencial do racionamento de 2003”.
Para Aleluia, o governo Lula abandonou, na contra mão do mundo, qualquer esforço real de conservação de energia, ao ponto de o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, rejeitar a simples idéia de recomendar que os consumidores comprem lâmpadas mais eficientes.
O medo de admitir o apagão levou o “preposto de Rousseff” a rejeitar a hipótese de conservação de energia, que deve ser permanente.
As chuvas no Nordeste e no Sudeste, lembra o democrata, até hoje, quase no meio do período das águas, estão muito abaixo da média histórica.
As chuvas iniciaram com muito atraso no fim de outubro do ano passado e continuam fracas. “O risco de déficit, visto do mês de setembro, antes da previsão de início das chuvas, já estava acima dos critérios tradicionalmente adotados (5%). É bom notar que a ministra Rousseff, com o objetivo de esconder o risco, forçou a assinatura de um acordo entre a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a Petrobrás e os geradores, onde a estatal de petróleo garantia o suprimento de gás para a produção de mais de 3 mil megawatts médios.
Todos os signatários do acordo sabiam que não existe gás”, criticou Aleluia.
Especialista em infra-estrutura no Congresso Nacional e ex-presidente da Chesf, Aleluia observou que as usinas térmicas a gás já deveriam ter sido acionadas, no mais tardar, em outubro passado, quando explodiu a crise do gás no Rio e em São Paulo.