De acordo com fontes da área policial, começou agora há pouco uma nova rebelião no presídio Anibal Bruno, no Sancho, na Zona Oeste do Recife.

Em novembro, três detentos foram barbaramente assassinados em outra rebelião.

No lado de fora do presídio, tiros podem ser escutados.

Não há notícia de mortos ou feridos.

Não se sabe ainda também os motivos, mas a falta de comida pode ser uma delas.

No final do ano passado, depois de uma nova rebelião, o Governo do Estado colocou lá uma força tarefa, com policiais civis e militares.

Pelo jeito, não está evitando o pior.

O Aníbal Bruno abriga a maior população carcerária da América Latina.

Tem capacidade para 1.448 detentos, no entanto, conta com 3.918 na virada do ano.

Faltava espaço para 2.470 presos.

Desde o dia 10 de dezembro, o presídio chegou a ser interditado para o recebimento de novos detentos.

O juiz-titular da 1ª Vara de Execuções Penais, Adeildo Nunes, publicou uma portaria impedindo o encaminhamento de qualquer preso à unidade.

Por mês, deixarão de entrar na prisão cerca de 300 detentos.

O governo trabalha para a desativação da unidade.

Em novembro, o sistema penitenciário pernambucano passou por sucessivos problemas.

O primeiro foi uma rebelião no Aníbal Bruno, que durou mais de dois dias e deixou três presos mortos e outros 43 feridos.

Logo depois, a unidade prisional de Arcoverde, no Sertão, registrou dois motins em menos de uma semana, e duas mortes.