João Pedro Stedile (Via Campesina), Fernando Morais (jornalista e escritor), d.
Tomás Balduíno (Comissão Pastoral da Terra), Plinio de Arruda Sampaio (presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária) e Lúcia Stumpf (presidente da União Nacional dos Estudantes) estão entre os signatários de um documento de apoio ao pacote definido pelo governo Lula para compensar as perdas com o fim da CPMF.
A informação é da Folha On Line.
Eles integram uma campanha lançada nesta quinta (10) por várias entidades de representação da sociedade civil, da igreja e movimentos sociais em defesa do que chamam de uma “reforma tributária justa”.
O documento do movimento foi enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento), e para deputados e senadores.
No texto, as entidades defendem as medidas anunciadas pelo governo para compensar o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), como a elevação das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e da CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) das instituições financeiras.
Leia algunstrechos. “Foi uma medida acertada e justa (o pacote compensatório), pois atinge os mais ricos e sobretudo os bancos, o sistema financeiro e empresas estrangeiras.” “As classes ricas do Brasil se articularam com seus políticos no Senado Federal e conseguiram derrubar a CPMF”. “A CPMF era um imposto que penalizava os mais ricos e 70% dele provinha de grandes empresas e bancos.
Os seus mecanismos de arrecadação impediam a sonegação e permitiam que a Receita Federal checasse as movimentações financeiras com o imposto de renda, evitando fraudes e desvios.” “As forças conservadoras (leia-se PSDB, DEM e entidades quecriticaram o pacote) voltaram a se articular para condenar essas medidas, tendo à frente a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e Febraban (Federação Brasileira de Bancos).”