O Jornal da Globo de ontem a noite mostrou a ação da polícia do Rio, na Mangueira, abalando o já conturbado Carnaval da mais famosa escola de samba do Rio, que sempre se orgulhou de ser a única das grandes a não depender do jogo de bicho.

Os bicheiros continuam longe.

Mas há um mês, o nome da escola – que este ano vai homenagear os 100 anos do frevo – foi associado ao tráfico.

Na ação policial, entre os mandados de prisão estava o do suspeito Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, que está em liberdade condicional e não foi encontrado. É o responsável pelo samba-enredo em exaltação ao Recife, conforme mostrou o Blog de Jamildo, com exclusividade no Estado, desde agosto do ano passado.

Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça comprovam o envolvimento de Tuchinha com o tráfico no morro.

Segundo a polícia do Rio, ele estaria tentando reconquistar o controle do tráfico na favela, que há cerca de um mês está sendo controlado pelo traficante identificado apenas como Pitbull, a mando de Polegar. “As gravações mostram que Tuchinha continua à frente da quadrilha”, afirmou o inspetor.

A desculpa apresentada pela escola: “Quando ele escreveu o samba, estava em liberdade.

Não há nenhuma relação com a sua vida privada”, justificaram.